O Comitê de Emergência do Costa Concordia, comissionado por Franco Gabrielli, a Costa Crociere e o consórcio italo-americano formado pelas empresas Titan-Micoperi, que venceu a licitação para realizar a remoção do Costa Concordia, apresentaram nesta sexta, em Roma, o plano de retirada do navio, que começará em alguns dias e deve durar 12 meses.
O plano de reflutuar o casco como uma única peça dá prioridade ao mínimo impacto ambiental, além de adotar medidas para proteger a economia e a indústria do turismo em Giglio, com o máximo de segurança.
A preservação ambiental é outra prioridade nesta operação de salvamento monumental, que nunca foi realizada antes no mundo. Assim que a retirada estiver finalizada, o fundo do mar passará por uma operação de limpeza e a flora marinha será replantada.
Para evitar impacto na economia e no turismo de Giglio, os funcionários da operação ficarão baseados próximo à região de Piombino, onde os equipamentos e os materiais ficarão estocados, evitando qualquer tipo de interferência nas atividades portuárias da ilha.
Este projeto foi selecionado e avaliado por uma equipe de especialistas da Costa Crociere, Carnival Corporation & plc, London Offshore Consultants e Standard P&I Club, com a colaboração do Rina e da Fincantieri, para que atendesse da melhor maneira os objetivos da operação: remoção do navio em um único bloco, com risco mínimo, mínimo impacto ambiental, protegendo a economia e a indústria de Giglio, com a máxima segurança.
“Desde os primeiros momentos do acidente, a Costa Crociere sempre esteve empenhada em proporcionar recursos com expertise profissional e organização para que a remoção do navio tivesse mínimo impacto possível ambiental e para a Ilha de Giglio, em particular”, afirmou Gianni Onorato, presidente da Costa Crociere S.p.A. “Sempre trabalhamos para encontrar a melhor e a mais segura solução para proteger a região, seu ambiente marinho e sua indústria de turismo. Estamos lançando agora uma operação de salvamento com características e técnicas complexas que nunca foram feitas antes. Inevitavelmente haverá algumas incógnitas num projeto dessa envergadura, mas temos certeza de que tomamos a decisão certa e continuaremos a trabalhar com toda nossa melhor capacidade e dentro do cronograma”, completou.
“Estamos honrados ao sermos escolhidos para realizar essa inacreditável operação de retirada do Costa Concordia. Nossa qualidade em engenharia e experiência que ganhamos nos permitiram apresentar um projeto que atendeu às expectativas”, reiterou Richard Habib, presidente da Titan Salvage. “De agora em diante iremos trabalhar objetivando a preservação do ambiente”.
“Estávamos confiantes desde o início que o profissionalismo da nossa empresa e nossa experiência comprovada em resgate subaquático e as operações de recuperação poderia ser útil para esta operação de resgate”, disse Silvio Bartolotti, gerente-geral da Micoperi. “Ser escolhido é também uma demonstração da qualidade e capacidade de empresas italianas para gerirem esse projeto delicado e sem precedentes”.
Vídeo de como será feita a remoção do Costa Concordia: www.idvisionfilm.it/CONCORDIA_REMOVAL_BRoll-TV_18-05-12l.zip
Lívia Maio