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Cruzeiros / Turismo em Dados

Temporada de cruzeiros 2021/22 movimentou R$ 1,49 bilhão na economia brasileira

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil apresentou os dados

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, apresentou os dados no Fórum Clia Brasil 2022

BRASÍLIA – A Temporada de Cruzeiros 2021/2022 injetou R$ 1,496 bilhão na economia brasileira, como mostra o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, produzido em parceria entre a Clia Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e lançado nesta quarta-feira (14), durante o 4º Fórum Clia Brasil 2022. O estudo constatou que cada 1 real investido no setor de cruzeiros movimentou R$ 3,23 na economia nacional.

A pesquisa trouxe ainda dados inéditos do setor no Brasil e no mundo, como os mais de 141 mil passageiros embarcados durante toda a temporada, além de traçar a interferência do cenário da economia nacional, internacional e da pandemia da Covid-19 no segmento e no comportamento do turista. Marco Ferraz, presidente da Clia, anunciou o lançamento da pesquisa e comentou sobre o momento do setor.

O impacto econômico engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes, foi 33,2% menor em comparação ao período de 2019/2020). Além disso, o setor gerou R$ 213 milhões em tributos. Para caso de comparação, a temporada 2019/2020 – que foi interrompida antes por conta da pandemia – foi responsável por um impacto econômico de R$2,24 bilhões na economia do País e R$ 296 milhões em tributos.

ROTEIROS NO NORDESTE LIDERAM – Quando perguntados sobre o destino de preferência no Brasil, 66,2% informaram o Litoral Nordeste, e entre os que apontaram interesse em realizar cruzeiros no exterior, 41,8% indicaram o Caribe e 36,8% a Europa como preferência de viagem.

Destaques da temporada 2021/22 em números

  • Cada 1 real investido no setor de cruzeiros movimentou R$ 3,23 na economia nacional
  • 141.289 cruzeiristas embarcados
  • Impacto de R$ 1,496 bilhão na economia do país.
  • Gerou R$ 213 milhões em tributos
  • Média de impacto econômico gerada por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 605,90 e de R$ 770,97, nas cidades de embarque e desembarque
  • Foram gerados 22.235 postos de trabalho na economia brasileira.

Redução na capacidade de duração e passageiros impactou temporada

A indústria de cruzeiros marítimos brasileira vem superando as dificuldades impostas pelos variados cenários dos últimos anos. A recém finalizada temporada (2021/2022) sofreu com as limitações impostas (como menor período total, com a interrupção por 2 meses) e redução da capacidade das embarcações para 75% do total disponível.

A última temporada trouxe apenas 5 navios, que fizeram roteiros por 14 destinos brasileiros, sendo ofertados apenas 193.927 leitos. Por este motivo, houve uma expressiva queda do número de viajantes quando comparada ao período anterior (2019/2020), totalizando 141.289 cruzeiristas (69,9% a menos).

Aumento nos gastos das armadoras

Vale ressaltar que o impacto econômico gerado pelos gastos das armadoras para a realização da temporada 2021/2022 foi de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão, resultado 3,1% superior a 2019/2020, aumento que se deu pela alta considerável dos gastos das armadoras com combustíveis. Já o impacto gerado pelos gastos dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos de embarque/desembarque e trânsito foi de R$ 329,7 milhões, 70,3% inferior à temporada anterior, devido à redução de 69,9% no número total de cruzeiristas no período.

Os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes (sem contar as armadoras) foram: alimentos e bebidas (R$ 101,5 milhões), comércio varejista – despesa com compras e presentes – (R$ 95,4 milhões), seguido por transporte antes e/ou após a viagem (R$ 56,3 milhões), passeios turísticos (R$ 39,8 milhões), transporte durante a viagem (R$ 22,4 milhões) e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 14,3 milhões).

O levantamento ainda mostra que o gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 4.523,84 e o tempo médio da viagem foi de 4,8 dias. Além disso, o estudo indica que a média de impacto econômico gerada por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 605,90 e de R$ 770,97, nas cidades de embarque e desembarque.

Temporada gera menos empregos

Durante a temporada 2021/2022 foram gerados 22.235 postos de trabalho na economia brasileira, o que representa um resultado 33,8% inferior ao apurado no período anterior. Do total de empregos criados, 1.223 foram de tripulantes dos navios (44,1% inferior ao gerado em 2019/2020).

Já os outros 21.112 empregos são diversos, de forma direta, indireta e induzida (-33,1%), motivados pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor, como agências de viagens e operadoras de turismo.

92% dos entrevistados desejam realizar novo cruzeiro 

A pesquisa ainda estudou o perfil dos viajantes, revelando que quase 92% dos pesquisados desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro. Quanto à frequência, 66,1% dos cruzeiristas realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado de cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes, o que demonstra que os cruzeiros estão sempre levando novos turistas aos destinos dos roteiros.

Além disso, a ampla maioria dos entrevistados (78%) desceu em, pelo menos, uma parada do roteiro e 87% querem retornar ao destino de escala, reforçando que as viagens de cruzeiro são uma vitrine para os viajantes conhecerem diversos destinos de maneira dinâmica e voltarem em um outro momento.

Entre os pesquisados, 60,8% são mulheres e 39,2%, homens. Em relação ao estado civil, 61,4% informaram ser casados ou estar em união estável. De maneira geral, os cruzeiristas viajam acompanhados (98,9%), sendo os principais acompanhantes filhos e parentes (51,9%), cônjuge (24,7%), e amigos (19,5%).

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