O Conselho Internacional de Aeroportos publicou seu ranking mundial preliminar do tráfego em aeroportos em 2020, incluindo o tráfego de passageiros, volumes de carga e movimentos de aeronaves. Os dados mostram o impacto dramático da Covid-19 em aeroportos que normalmente são os mais movimentados do mundo. O tráfego global de passageiros, por exemplo, nos 10 mais movimentados do mundo diminuiu 45,7% em 2020.
No geral, o tráfego de passageiros nos aeroportos mundiais reduziu 64,6%. De acordo com os dados preliminares publicados hoje, o Aeroporto Internacional Guangzhou Bai Yun, na China, registrou o maior tráfego de passageiros em 2020, ficando atrás apenas do Aeroporto Internacional Atlanta Hartsfield-Jackson, nos Estados Unidos.
Sete dos 10 principais aeroportos em volume de tráfego de passageiros estão na China e três nos Estados Unidos. Na maioria dos casos, as viagens aéreas domésticas estão voltando com recuperação modesta. O Aeroporto Internacional de Hongqiao, na China, por exemplo, passou da 46ª posição em 2019 para a 9ª posição em 2020, “ilustrando a natureza desigual do impacto e da recuperação da pandemia em todo o mundo”, segundo o conselho.
O Aeroporto Internacional de Hongqiao, na China, por exemplo, passou da 46ª posição em 2019 para a 9ª posição em 2020, “ilustrando a natureza desigual do impacto e da recuperação da pandemia em todo o mundo”, segundo o conselho
O conselho ainda estima que houve 58 milhões de movimentos de aeronaves em todo o mundo em 2020, o que representou uma queda de 43% em relação a 2019. Os 10 principais aeroportos representam 7% do tráfego global (4,2 milhões de movimentos) e tiveram uma queda de 34,3% em relação a 2019 . O Aeroporto Internacional de Atlanta ultrapassou o Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago, após estar na liderança em 2019 e 2018.
“O impacto da Covid-19 no tráfego global de passageiros durante a pandemia levou a aviação a uma paralisação virtual em 2020 e continuamos a enfrentar uma ameaça existencial”, disse o diretor-geral da ACI World, Luis Felipe de Oliveira. “Os dados publicados hoje revelam o desafio que os aeroportos ainda enfrentam e continua sendo imperativo que a indústria receba suporte por meio de apoio direto e decisões políticas sensatas dos governos para garantir que a aviação possa resistir, reconstruir a conectividade e alimentar uma recuperação econômica global”.