Terminou sem acordo a segunda audiência para conciliar o horário de funcionamento do Aeroporto de Congonhas; na capital paulista. Em 2007; três associações de moradores do entorno do terminal entraram com uma ação civil pública na Justiça Federal para que as aterrissagens e decolagens comecem uma hora mais tarde; às 7h.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a alteração do horário é inviável e propôs o estudo de algumas medidas para mitigar o barulho dos aviões; principal queixa dos moradores. Entre as possibilidades; a agência aponta a restrição de horário para aeronaves mais barulhentas e a alteração dos procedimentos para pousos e decolagens.
As propostas foram recebidas com desconfiança pelos moradores. “Há quatro anos estamos esperando alguma proposta de mitigação. Agora; na hora de fazer acordo; eles aparecem com uma proposta. Ou eles são muito lentos; ou tão querendo enrolar a gente”; criticou o presidente da Associação dos Verdadeiros Amigos e Moradores do Jardim Aeroporto; Eduardo Moreira.
Sem o acordo; o processo; que estava suspenso; prosseguirá o trâmite normal e irá agora para a fase de produção de provas. O juiz federal substituto da 2ª Vara Federal Cível; Paulo Cezar Neves Júnior ponderou; entretanto; que as partes podem entrar em acordo a qualquer momento durante o correr do processo. Além da Anac; respondem à ação sete companhias aéreas; a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o município de São Paulo.