O até então CEO do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, será destituído de qualquer cargo dentro da empresa durante o processo de recuperação judicial. A determinação é da juíza Luciana Menezes, do Foro Criminal de Barra Funda, em São Paulo, que também ordenou que o empresário seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Embora a ITA Transportes Aéreos tenha paralisado as operações repentinamente em dezembro, a decisão tem outros motivos.
Isto porque o processo é movido pela família Cola, fundadora do conglomerado de transporte. Na ação, a família pede a prisão de Piva, algo que a juíza não acatou e decidiu por medidas cautelares. O empresário é acusado de desviar recursos dos credores para criar e financiar empresas paralelas, como a ITA Transportes Aéreos.
De acordo com a decisão, no dia em que a aérea suspendeu as atividades, foi identificado um desvio de R$ 4,8 milhões. Segundo o Estadão, o advogado José Carlos Ricardo, que representa Sidnei Diva, afirmou que a defesa está preparando um mandado de segurança para derrubar a decisão.
“Há indícios suficientes de materialidade e autoria delitivas dos crimes falimentares, estelionatos, lavagem de dinheiro e possível organização criminosa imputados ao averiguado Sidnei Piva dos Santos, restando inegável a gravidade dos crimes que lesionaram inúmeras pessoas”, escreveu a juíza na decisão.
Piva deverá comparecer mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades, entregar seu passaporte. Além disso, ele está proibido de sair do território nacional sem autorização judicial.
Fonte: Gazeta do Povo e Estadão