
O Governo detém a totalidade do capital da companhia aérea portuguesa, após a TAP enfrentar dificuldades devido à pandemia de Covid-19 (Divulgação/TAP)
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, admitiu na última sexta-feira (27) “tomar as rédeas” da TAP se a companhia aérea não garantir as rotas consideradas estratégicas para o país. “Jamais abdicaremos do ‘hub’ em Lisboa, das rotas que são estratégicas para nós enquanto povo e enquanto economia e, além da diáspora, há geografias que são cruciais para o futuro do país e do turismo”, afirmou.
Luís Montenegro esclareceu que isso não está no programa de Governo e que não há pretensão, já que a companhia aérea é estratégica para a economia e para o turismo.
O presidente da TAP, Luís Rodrigues, considerou que a companhia aérea tem de estar preparada para operar com ou sem privatização, e ainda alertou: “Ela pode não acontecer por alguma razão, o mercado amanhã pode mudar radicalmente e pode não haver condições para o fazer e a companhia tem de se aguentar”.
Ainda ressaltou que o caminho é construir uma operação mais ágil, mais leve do ponto de vista administrativo, mais resiliente e mais capaz de se adaptar ao sinal dos tempos, trabalhando em conjunto com todo o ecossistema da aviação.
O Governo detém a totalidade do capital da companhia aérea portuguesa, após a TAP enfrentar dificuldades devido à pandemia de Covid-19.
No Programa de Governo, entregue na Assembleia da República, o executivo de Luís Montenegro comprometeu-se a “lançar o processo de privatização do capital social da TAP”, sem avançar mais detalhes.
A Air France-KLM, o grupo hispano-britânico IAG e a alemã Lufthansa manifestaram interesse na privatização.