
Humberto Pedrosa, principal acionista da TAP
O empresário Humberto Pedrosa, um dos principais acionistas da TAP, afirmou que uma possível “renacionalização da companhia aérea seria um passo atrás no desenvolvimento da empresa. O tema voltou a gerar debate devido às dificuldades financeiras enfrentadas pela companhia portuguesa em meio a pandemia de Covid-19.
“A contribuição dos acionistas privados na TAP tem sido muito positiva, sobretudo na modernização da empresa e na renovação da sua frota de aviões. A renacionalização da companhia aérea seria dar um passo atrás” afirmou o investidor em entrevista ao Jornal Económico. Ele ainda destacou que o problema não é de gestão, tendo em vista os bons resultados dos últimos anos.
Humberto Pedrosa é sócio de David Neeleman no consórcio Atlantic Gateway, que possui 45% do capital da TAP, enquanto o Estado português, por meio da Parpública, detém 50% da companhia aérea. Os outros 5% do capital estão nas mãos de trabalhadores da TAP.
Para o empresário, algumas soluções práticas podem ser adotadas para garantir a viabilidade financeira da companhia aérea como um financiamento governamental à curto prazo e depois um aumento de capital social da empresa.
Devido ao impacto da pandemia e às restrições de viagens impostas por vários países, a TAP reduziu a sua operação em 98% e pretende colocar cerca de 90% dos seus trabalhadores em lay-off, como forma de cortar custos no período.