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Aviação

Reino Unido tira do ar propaganda da Ryanair que associava vacina a viagens

Anúncio aproveitava campanha de vacinação no Reino Unido para incentivar viagens de verão.

Anúncio aproveitava campanha de vacinação no Reino Unido para incentivar viagens de verão.

A Advertising Standards Authority (ASA), órgão regulador de propaganda do Reino Unido baniu uma campanha publicitária da Ryanair para as férias de verão. A ação, chamada de “jab and go” (pique-se e vá), trazia uma agulha e um frasco de vacina na arte para incentivar a compra passagens para as férias tendo como garantia de segurança o programa de vacinação no país.

O órgão argumentou que a campanha incentivava as pessoas a agir de forma irresponsável após tomarem a vacina.  Com 2.370 reclamações, a campanha já se tornou a terceira mais denunciada de todos os tempos. A ASA proibiu os dois anúncios poucos dias depois que o CEO do Ryanair Group, Michael O’Leary, disse que o programa de vacina significaria que os britânicos poderiam migrar para a Europa nas férias de verão este ano.

Outro anúncio da companhia oferecia passagens para destinos de sol e praia e trazia a frase “Vacinas da Covid estão chegando, então reserve suas férias de Páscoa e verão com a Ryanair hoje”. A arte trazia pessoas sem máscara interagindo sem distanciamento.

Algumas reclamações apontaram que o anúncio era enganoso porque sugeria que a maioria das pessoas seria vacinada na primavera ou no verão e que não haveria restrições como resultado. Outros julgaram irresponsável encorajar as pessoas a acreditar que, uma vez que tomassem a primeira dose, não precisariam seguir as restrições de saúde.

A low cost argumentou que a mensagem foi elaborada para encorajar os telespectadores a considerar um futuro melhor e destacou que os anúncios mostravam as pessoas “em férias em sua bolha social” e que “não havia nenhuma exigência de que os turistas fossem mostrados usando máscaras faciais ou mantendo o distanciamento social”.

Michael O'Leary, CEO da Ryanair.

Michael O’Leary, CEO da Ryanair.

No entanto, a ASA decidiu que os anúncios violaram as regulamentações do Reino Unido relacionadas à publicidade enganosa e irresponsável.“Acreditamos que alguns telespectadores possam inferir que até a Páscoa e o verão de 2021 seria possível que qualquer pessoa se vacinasse para sair de férias reservadas, obtendo proteção máxima imediatamente com uma dose da vacina, por isso as restrições e medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras não seriam necessários depois de vacinados. Acrescentou que a campanha pode encorajar os vacinados a ignorar ou diminuir a adesão às restrições, o que a curto prazo pode expô-los ao risco de doenças graves e, a longo prazo, pode originar a propagação do vírus. Dessa forma, acreditamos que os anúncios podem encorajar as pessoas a se comportarem de maneira irresponsável após a vacinação. Os anúncios não devem ser retransmitidos”, disse a ASA em sua decisão.

Apesar de questionar os argumentos e critérios, a Rayanair tirou as publicidades da campanha do ar.

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