As companhias aéreas brasileiras Latam, Gol e Azul registraram queda na qualidade de seus serviços, conforme aponta o ranking internacional AirHelp Score 2024, divulgado nesta terça-feira (3). O levantamento, baseado na avaliação de passageiros, destacou um declínio significativo na posição das três empresas em relação a anos anteriores.
A Latam Airlines, que ocupava o 5º lugar em 2022 (e não apareceu no ranking de 2023), caiu para a 23ª posição em 2024. Já a Gol e a Azul enfrentaram quedas consecutivas: a Gol passou do 68º para o 78º lugar, enquanto a Azul teve a maior queda entre as brasileiras, saindo do 47º para o 83º lugar.
O AirHelp Score avaliou 109 companhias aéreas com base em três pilares: pontualidade dos voos, qualidade dos serviços e eficiência no processamento de reclamações. A pesquisa foi conduzida entre janeiro e outubro de 2024, com a participação de 19,8 mil usuários de 54 países.
Belgas no topo e brasileiros em alerta

Ranking internacional mostra companhias aéreas brasileiras de fora das 20 primeiras posições (Divulgação/AirHelp)
Enquanto as brasileiras caíram no ranking, a Brussels Airlines, da Bélgica, foi eleita a melhor companhia aérea do mundo, desbancando a Qatar Airways, que liderou por dois anos consecutivos. A empresa obteve uma nota final de 8,12, destacando-se nos critérios de processamento de reclamações (8,7), opinião do cliente (7,9) e pontualidade (7,8).
Desempenho das brasileiras
Apesar da queda no ranking, a Latam Airlines (23ª posição) obteve boas notas em pontualidade (8,3) e qualidade de serviços (8,1), mas foi penalizada pela baixa eficiência no atendimento de reclamações, com apenas 5,0 nesse quesito, resultando em uma nota final de 7,16.
Já a Gol (78ª posição) recebeu 8,4 para pontualidade e 7,8 para qualidade de serviços, mas pontuou apenas 0,1 em processamento de reclamações, alcançando uma média de 5,44. A Azul (83ª posição) teve desempenho similar, com 8,2 para serviços, 7,7 para pontualidade e também 0,1 no atendimento de reivindicações, resultando em uma nota final de 5,32.
Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil, ressaltou a insatisfação dos usuários com as companhias nacionais, especialmente no quesito resolução de problemas. “Os resultados do ranking reforçam a necessidade de as empresas aéreas brasileiras se atentarem às demandas de seus clientes e buscarem soluções para melhorar os serviços oferecidos”, afirmou.