A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de classificação de crédito em moeda estrangeira da Latam Airlines, controladora da Tam e da Lan, de ‘BB-’ para ‘B+’. A decisão atinge também a controlada Tam, que teve a nota em moeda estrangeira cortado de ‘BB-’ para ‘B+’ e de ‘A(bra)’ para ‘A-(bra)’ em escala nacional. A perspectiva para as notas das duas foi revisada de estável para negativa.
Segundo relatório, a decisão reflete o desempenho operacional consolidado mais fraco do que o esperado em 2015, que reforçou a perspectiva de que indicadores, como margens operacionais, endividamento e geração de fluxo de caixa livre, vão permanecer pressionadas pelos próximos 12 a 18 meses.
“A Fitch acredita que a continuidade das condições econômicas desfavoráveis na América Latina vão tornar mais difícil para a empresa executar uma desalavancagem durante 2016 e 2017. A perspectiva negativa também considera um maior nível de endividamento da Latam e performance operacional mais fraca na comparação com pares da mesma categoria de de rating”, diz a Fitch
A avaliação da agência de classificação também incorpora o modelo de negócios diversificado da companhia, “importante posição regional de mercado e adequada liquidez”. No entanto, apesar da sólida posição de negócios no mercado internacional e doméstico brasileiro, a empresa continua falhando em mitigar o impacto da volatilidade sobre os resultados
Além disso, a expectativa é que a situação macroeconômica do Brasil vai continuar sendo difícil durante esse ano.
“A Fitch prevê uma receita líquida de 2016 declinando em um dígito, como resultado da queda dos rendimentos. Por outro lado, o desempenho operacional este ano pode alcançar algumas melhorias, conforme a empresa se beneficie de iniciativas destinadas a reduzir custos, como o de combustíveis, e com uma posição de hedge mais favorável em termos de gestão em 2016 contra 2015”, aponta o relatório.
Os ratings poderão ser rebaixados novamente pela agência caso o fluxo de caixa livre da empresa permaneça negativo de forma insistente. Já uma melhora ou estabilização desse indicador poderia apontar uma elevação da nota de crédito ou da perspectiva, afirma a agência.
A Fitch também rebaixou o rating da companhia Avianca Holdings, com sede na Colômbia, de “BB-” para “B”, mantendo as notas sob perspectiva negativa.
Segundo a agência de classificação de risco, o rebaixamento reflete a deterioração do perfil financeiro da Avianca Holdings, em meio a um difícil ambiente operacional, e a visão da Fitch de que qualquer recuperação significativa no perfil de crédito da companhia será desafiadora no curto a médio prazo.