Itamaraty pede fechamento do aeroporto Santos Dumont durante cúpula do G20

Suspensão de voos é pleito das embaixadas (Divulgação/Infraero/Santos Dumont)

O Ministério das Relações Exteriores fez um pedido formal para o fechamento do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para voos comerciais nos dias 18 e 19 de novembro, durante a cúpula do G20, que ocorrerá no Brasil. O Itamaraty enfatizou que os voos comerciais previstos para o Santos Dumont poderiam ser redirecionados para o Galeão, situado a aproximadamente 20 quilômetros de distância. O Santos Dumont é o décimo aeroporto mais movimentado do país, registrando 6.618 pousos e decolagens em setembro, enquanto o Galeão ocupa a sexta posição, com 9.608 operações.

Além disso, o Itamaraty argumentou que a movimentação no Santos Dumont deve se concentrar no início e no final do feriado prolongado, que no Rio de Janeiro será de 15 a 20 de novembro, com feriados nos dias 18 e 19.

Conforme reportado pela Folha, o Itamaraty destacou que o Santos Dumont se localiza na área vermelha, a mais restrita entre os anéis de segurança estabelecidos para o evento. Isso se deve ao fato de que o presidente Lula, junto a chefes de Estado e outras autoridades, se reunirá no Museu de Arte Moderna (MAM), que fica muito próximo ao aeroporto. Recentemente, a proximidade do Santos Dumont com o MAM tem sido uma das principais preocupações levantadas pelas embaixadas durante os preparativos para a visita de suas autoridades.

O Ministério da Defesa determinou que somente aeronaves transportando dignitários estrangeiros e outros voos oficiais poderão operar na área vermelha. A Aeronáutica advertiu que aeronaves que adentrarem essa área sem autorização serão consideradas hostis e poderão sofrer medidas de policiamento do espaço aéreo.

Diplomatas de países, especialmente das potências com protocolos de segurança mais rigorosos, como Estados Unidos e China, têm destacado a importância de estabelecer zonas de exclusão de tráfego aéreo nas regiões que suas autoridades irão percorrer. Espera-se a presença de mais de 50 autoridades estrangeiras, entre governantes e líderes de organizações internacionais.

*Com informações da Folha