A Infraero divulgou em seu relatório anual que aplicou apenas 43% dos 985 milhões total no ano de 2009; totalizando R$ 425;4 milhões; o que pode explicar os distúrbios vividos pelo setor de aviação em relação à infraestrutura de aeroportos no País; juntamente com as recentes declarações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que irá restringir o numero de voos de seis importantes aeroportos até dezembro.
Do valor total aplicado; R$ 219;4 milhões referem-se a obras gerais; e R$ 206 milhões; a equipamentos; conforme balanço recentemente divulgado pela entidade. Segundo a Infraero; apesar de o valor ter sido menor; ainda houve um aumento de 6;6% em relação aos investimentos realizados em 2008; quando a previsão de investimentos era de R$ 2;2 bilhões; dos quais foram aplicados apenas 17%.
De 2004 a 2009 a Infraero investiu aproximadamente R$ 2;1 bilhões; sendo que a expectativa para estes cinco anos era de uma cifra de R$ 5;6 bilhões. Em média; a entidade vem investindo a metade das suas previsões. Segundo o relatório da empresa; a gestão financeira; em 2009; esteve concentrada na redução de custos; buscando minimizar o descompasso entre o crescimento da receita e a despesa operacional.
Já o lucro bruto; ao fim do ano passado; foi de R$ 358;9 milhões; ante R$ 600;6 milhões do ano anterior; contabilizando uma queda de 40;2%. Conforme a Infraero; este resultado foi impactado principalmente pela queda da ordem de 20% da receita dos terminais de carga; em função da redução das importações. Além disso; houve diminuição do movimento de aeronaves e de passageiros internacionais; com perda de 3;2% e 1;2%.
A empresa também alertou de que o baixo desempenho foi amenizado pela retomada das operações domésticas; que registraram aumento de 15% na movimentação de passageiros e de 8;5% na de aeronaves.
A Infraero destacou que os valores das tarifas nesses segmentos são inferiores aos valores das operações internacionais. O relatório destacou que o contexto da crise econômica internacional e o processo de transformações vivido pelo setor aéreo em 2009 demandaram dos gestores novas estratégias e realinhamento de prioridades.