A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) divulgou, nesta quarta-feira (25), em Miami, as projeções financeiras para atingir zero emissão líquida de CO2 no setor aéreo até 2050. De acordo com a IATA, será necessário um investimento médio anual de cerca de 128 bilhões de dólares até essa data, valor comparável aos aportes realizados em energias renováveis, como solar e eólica, nos últimos anos.
Além disso, a transição para o uso de combustíveis de aviação sustentável (SAF) e outras soluções tecnológicas deverá gerar um custo adicional estimado em 744 bilhões de dólares até 2050. Esses valores incluem tanto a construção de novas infraestruturas, como biorrefinarias, quanto a adoção de tecnologias que acelerem a redução das emissões de carbono no transporte aéreo.
Willie Walsh, diretor geral da IATA, destacou a importância de apoio financeiro e político para que o setor atinja suas metas de descarbonização: “Precisamos de estruturas políticas e financeiras claras que apoiem as necessidades do transporte aéreo de forma realista e coerente com as mudanças massivas que devem ocorrer simultaneamente em todos os setores econômicos”.
Marie Owens Thomsen, vice-presidente sênior de sustentabilidade da IATA, reforçou que, apesar dos desafios, as oportunidades são significativas: “Os custos e desafios associados à transição energética são grandes, mas as oportunidades são ainda maiores. Para concretizar essas oportunidades, é fundamental que todos os setores colaborem nesta missão.”