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Aviação / Turismo em Dados

Iata: 2020 registrou a maior queda de tráfego na história da aviação

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) anunciou nesta quarta-feira (3) os resultados do tráfego aéreo global de passageiros em 2020, que aponta para uma queda de 65,9% na demanda de passageiros (em RPK) na comparação com 2019. “É de longe a queda mais acentuada de tráfego na história da aviação”, destaca a entidade em comunicado.

A região mais impactada foi o Oriente Médio, com uma queda de 72,2% na demanda, seguido por Europa (-69,9%), África (-68,8%), América do Norte (-65,2%), América Latina (-62,1%) e Ásia-Pácifico (-61,9%).

IATA - trafego em 2020

Na ordem de colunas: participação – demanda – oferta – variação de ocupação – taxa de ocupação (Fonte: IATA)

Como esperado, a maior queda foi nos voos internacionais, chegando a 75,6%, decorrente da série de restrições de fronteiras impostas entre os países ao longo do ano para conter os impactos da pandemia de Covid-19. Já a oferta internacional diminuiu 68,1%, enquanto a a taxa de ocupação caiu 19,2 pontos percentuais, fechando o ano em 62,8%. No doméstico, a demanda caiu 48,8% em relação a 2019 e a oferta 35,7%. A taxa de ocupação caiu 17 pontos percentuais para 66,6%.

Quando se considera apenas o tráfego internacional, a região mais afetada foi Ásia e Pacífico, com uma queda de 80,3%. O número reflete as restrições impostas a países da região em um primeiro momento e posteriormente a proibição de viagens internacionais em localidades que já contavam com a pandemia controlada, como China, Japão, Austrália e Nova Zelândia. América do Norte, Europa, Oriente Médio, América Latina e África, nessa sequência, completam a lista de mercados internacionais mais afetados.

VOOS DOMÉSTICOS

Entre os sete principais mercados domésticos do mundo, destaque para China e Rússia, que registram os menores impactos na demanda. Enquanto na Rússia a queda foi de 23,5%, a menor, na China essa diminuição foi de 30,8%. O país asiático, onde se originou a pandemia, impôs restrições entre o fim de 2019 e o início de 2020 e foi um dos primeiros a retomar a oferta aérea doméstica. Já os mais impactados foram a Austrália (-69,5%) e Estados Unidos (59,6%).

Com uma queda de 49% na demanda, o Brasil foi o terceiro menos afetado entre os sete principais mercados domésticos. O País registrou excelentes resultados em janeiro e fevereiro, mas sentiu os impactos da demanda a partir de março. Entre abril e junho o país teve os principais resultados de sua história, mas a retomada, iniciada em junho rendeu resultados acima da expectativa. Em dezembro o país encerrou com os melhores resultados desde o início da pandemia.

Tráfego doméstico 2020 - IATA

Na ordem de colunas: participação – demanda – oferta – variação de ocupação – taxa de ocupação (Fonte: IATA)

RESERVAS FUTURAS

Alexandre Juniac, CEO da Iata

Alexandre de Juniac, CEO da Iata

A preocupação da Iata não é apenas com os resultados do ano passado, mas com a baixa perspectiva para novas reservas em 2021. A associação informou que as reservas para viagens futuras feitas em janeiro de 2021 caíram 70% em comparação com o ano anterior, colocando ainda mais pressão sobre o caixa das companhias aéreas.

A previsão de referência da IATA para 2021 é de uma melhoria de 50,4% na demanda e relação a 2020, que, se confirmada, levaria a indústria a 50,6% dos níveis de 2019. Embora essa visão permaneça inalterada, as novas restrições provocadas por novas variantes da Covid-19 podem impactar nos resultados. Caso tal cenário se concretize, a Iata prevê que a melhora da demanda poderia ser limitada a apenas 13% em relação aos níveis de 2020, deixando a indústria em 38% dos níveis de 2019.

“O ano passado foi uma catástrofe. Não há outra maneira de descrevê-lo. A recuperação que houve durante a temporada de verão do hemisfério norte estagnou no outono e a situação piorou dramaticamente durante a temporada de férias de fim de ano, à medida que restrições mais severas às viagens foram impostas em face de novos surtos e novas cepas de Covid-19 ” afirma Alexandre de Juniac, CEO da IATA.

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