Grupo Lufthansa demitirá 29 mil funcionários até o fim do ano

Planejamento prevê 20 mil demissões fora da Alemanha

O Grupo Lufthansa demitirá aproximadamente 29 mil funcionários até o fim do ano. Deste total, cerca de 20 mil já estão sendo desligados nas bases da companhia fora da Alemanha. A informação foi confirmada por uma fonte da empresa ao jornal alemão Bild, no último domingo (7).

O corte deve atingir não só a Lufthansa como também as outras companhias do grupo, Eurowings, Swiss, Austrian e Brussels Airlines, em virtude da redução de oferta e de frequências, resultado de um cenário de recuperação da pandemia de Covid-19, que, de acordo com as projeções do Grupo Lufthansa, deve se estender até 2025. Durante este trimestre, a Lufthansa já informou que espera operar apenas 25% do total de voos que costumava operar nesta época do ano.

Além das companhias, outra impactada será a LSG Sky Chefs, empresa do grupo, considerada um dos maiores fornecedores de catering do mundo. O Grupo Lufthansa deve concluir até o fim do mês a venda da subsidiária para a empresa suíça Gategroup, o que deve resultar em outras 7,5 mil demissões. Além destes, outros 10 mil funcionários devem ser dispensados na Alemanha no próximo ano

As demissões são decorrentes dos impactos financeiros da pandemia e também da redução significativa das operações. No fim de outubro, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, revelou que apenas 27 mil funcionários, dos cerca de 130 mil do grupo, estavam trabalhando em tempo integral. Spohr, no entanto, reforçou a intenção de manter grande parte dos empregos, mesmo em um cenário de corte das operações.

Carsten Spohr, CEO do Lufthansa Group

“Ninguém pode prever com segurança os efeitos da crise atual. No entanto, estamos determinados a preservar pelo menos 100.000 dos 130.000 empregos atuais no Grupo Lufthansa. Mesmo que atualmente não tenhamos trabalho suficiente para uma força de trabalho desse tamanho”, afirmou o CEO.

Até o momento, o Grupo Lufthansa já utilizou 3 bilhões de euros do total de 9 bilhões de euros que obteve de auxílio do governo alemão no início da pandemia, Somente no último trimestre a companhia registrou um prejuízo de 1,6 bilhão de euros.