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Ajuda fez American e United cancelarem a licença temporária de mais de 27 mil trabalhadores
O Congresso Nacional dos Estados Unidos aprovou uma ajuda financeira emergencial recorde no valor de US$ 1,9 trilhão para amenizar o prejuízo causado pela pandemia de Covid-19. A medida, já considerada um dos maiores estímulos da história do país, agora vai para a mesa do presidente Joe Biden. A previsão é que o executivo assine a medida já nesta sexta-feira (12)
O projeto foi aprovado na Câmara por uma margem de 220-211 sem um voto republicano. O Partido Republicano, contra ao projeto, argumentou que o mercado de trabalho se recuperou o suficiente para garantir pouco ou nenhum novo gasto neste sentido. Mesmo assim, os democratas acabaram aprovando o plano também por conta própria no Senado, por meio do processo especial de reconciliação do orçamento.
Entre os destaques do plano, estão US$ 300 por semana como suplemento de auxílio-desemprego e programas que tornam milhões de pessoas elegíveis para seguro desemprego o dia 6 de setembro. O plano ainda coloca injeta US$ 20 bilhões na fabricação e distribuição da vacina Covid-19 e outros US$ 50 bilhões em testes e rastreamentos. Há ainda uma expansão de subsídios e outras provisões para ajudar os americanos a pagarem o seguro saúde.
O plano também oferece quase US$ 30 bilhões em ajuda a restaurantes e amplia o crédito fiscal para permitir que as empresas mantenham os trabalhadores na folha de pagamento. Foi este último motivo e mais US$ 15 bilhões de ajuda financeira que fizeram com que American e United cancelassem a licença temporária de mais de 27 mil trabalhadores, sendo 13 mil da American e 14 mil da United.
Ambas só concordaram em não dar licença forçada aos funcionários para terem acesso ao montante, já que os EUA obrigam àquelas empresas que aceitam a ajuda fiscal a não darem licença pelo menos até 30 de setembro. O CEO da American, Doug Parker, enviou uma mensagem aos funcionários que já tinham sido avisados com um “Feliz Cancelamento – Vocês podem rasgá-los (em referência ao aviso recebido em fevereiro sobre a licença)”, disse.
O CEO da United, Scott Kirby, também divulgou um comunicado sobre a decisão. “Milhares de trabalhadores da linha de frente receberão agora salários e assistência médica até setembro, o que é especialmente necessário no momento em que a distribuição de vacinas continua aumentando”, destacou.
