Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.
Portal Brasileiro do Turismo

Aviação

Disputa com A321neo cria dilema bilionário para Boeing

Airbus_Boeing-960x640

Disputa pelo mercado de aeronaves de corredor único coloca Boeing em um dilema

A crise do 737 MAX e o impacto da pandemia de Covid-19 no setor aéreo levaram a o Boeing a um dilema que pode definir seu futuro na indústria de jatos comerciais. Uma reportagem publicada pela Reuters mostrou que a dúvida sobre qual estratégia adotar nos próximos anos já é tema de debates dentro da companhia.

Os problemas com o MAX e o sucesso do concorrente A321neo fizeram com que a fabricante dos Estados Unidos perdesse espaço no mercado de aeronaves de corredor único, utilizadas para curtas e médias distâncias.

De acordo com a consultoria Agency Partners, a participação da Boeing no segmento, onde concorrem quase que exclusivamente com a Airbus, diminuiu de cerca de 50% há uma década para cerca de 35% depois da suspensão das operações do 737 MAX.

Nós últimos anos, muitas companhias aderiram ao A321neo, gerando bilhões em encomendas para a Airbus. O modelo que se destacou pela eficiência no consumo de combustível, com um alcance de 7,4 mil quilômetros e capacidade para até 220 assentos em duas classes.

Para ter uma ideia, o concorrente, 737 MAX 9 tem alcance de 6,6 mil quilômetros e 180 assentos em duas classes. Já o MAX 10, prestes a entrar em operação, tem capacidade para 230 assentos em uma classe, mas tem o menor alcance da família MAX, 6,1 mil quilômetros.

Analistas ouvidos pela reportagem da Reuters afirmaram que sem uma nova adição estratégica em seu portfólio, a Boieng pode perder uma fatia ainda maior neste mercado de corredor único, avaliado pelos fabricantes de aviões em cerca de US $ 3,5 trilhões em 20 anos.

As duas empresas ainda não se pronunciaram sobre o acordo

A321neo ganhou a preferência no mercado de corredor único

ENTRE DOIS CAMINHOS

Uma das alternativas para tentar ganhar mercado ainda nesta década seria desenvolver um novo modelo de aeronave, com alcance de aproximadamente 8 mil quilômetros, para entrar em operação até 2029. A aeronave teria cerca de 10% a mais de eficiência em combustível e poderia receber pedidos a partir de 2023.A nova aeronave seria uma sucessora do 757, que teve sua produção encerrada em 2004,  além de ser um intermediário entre o MAX e o 787.

Outra opção seria aguardar até o próximo ciclo de desenvolvimento na tecnologia de motores, esperado para o início da próxima década, dando mais alternativas para a Boeing. Esperar, no entanto, pode significar perder ainda mais participação no mercado de corredor único ao longo desta década e reduzir os ganhos em dos segmentos de maior lucro no setor.

Em contrapartida, o desenvolvimento de um novo modelo poderia estimular a Airbus a um novo movimento. No momento, a concorrente francesa está em posição confortável e colhe os frutos na família A321, mas já teria estudos em desenvolvimento para o que chamaria de “A321 Ultimate”.

De acordo com estimativas de mercado, o custo para Airbus criar variações de seu modelo seria de até US$ 3 bilhões. Já para a Boeing, o desenvolvimento de um novo modelo poderia chegar a US$ 15 bilhões, afetando ainda mais uma empresa já fragilizada com os custos de quase US$ 20 bilhões para a retomada das operações do 737 MAX.

Receba nossas newsletters
[mc4wp_form id="4031"]