
Aeroporto Madrid-Barajas
A compra a Air Europa pela Iberia é considera estratégica pelo International Airlines Group (IAG), que, apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19, vê no negócio uma oportunidade fortalecer o Aeroporto de Madri-Barajas como hub, sobretudo em relação as rotas para as Américas.
Antes da pandemia, o aeroporto era o quinto mais movimentado da Europa, atrás, Amsterdã-Schiphol, Frankfurt e Paris-Charles de Gaulle, hubs das principais concorrentes do IAG, Air France/KLM e Lufthansa, além de de Londres-Heathrow, hub da British Airways, subsidiária do grupo.
Um relatório de 2020 da consultoria KMPG analisou o potencial de Madri como hub internacional. O documento apontou que das seis principais características necessárias que um aeroporto precisa para se destacar como hub, Barajas tem boa performance em apenas três: posição geográfica favorável, boa infraestrutura e importância para a economia local.
Porém, os outros dois pontos pesam para posicionar o aeroporto atrás dos outros grandes centros. O primeiro é o fato de não se destacar na movimentação de cargas, mesmo com um crescimento nos últimos anos. Já o segundo é a ausência de uma empresa de referência, como acontece nos quatro primeiros colocados. A participação da Iberia em Madri em proporcionalmente inferior a de British, Air Grance, KlM e Lufthansa em seus respectivos hubs.
O relatório destacou que para que Madri possa competir com os outros hubs europeus e se recuperar mais rapidamente do impacto da pandemia, é preciso ser mais eficiente, capturar mais tráfego que permita abrir novas rotas focadas na Ásia, Oriente Médio e África.
A incorporação da Air Europa ao Grupo Iberia, além de aumentar a participação no aeroporto, permitirá criar sinergias para atrair tráfego adicional, melhorar horários de conexões e criar mais rotas. Esses fatores ajudariam no aumento do fluxo e na abertura de novos mercados de passageiros e carga.
Este fortalecimento de Madri/Barajas passa também pelo investimento de 1,57 bilhão de euros anunciado pelo Governo de Espanha por meio da Aena, concessionária do aeroporto. O aporte tem como objetivo, além para o desenvolvimento e crescimento do aeroporto, transformá-lo em porta de entrada na Europa para passageiros de Ásia e a América Latina e desenvolver da ligação do trem de alta velocidade.