Comissários de bordo da United Airlines votam a favor da greve

Os comissários de bordo da United são os mais recentes a votar esmagadoramente por uma greve (Divulgação/United)

Os comissários de bordo da United Airlines votaram para autorizar uma greve, à medida que as tensões com a gerência aumentam. Os resultados da votação foram anunciados na tarde de quarta-feira (28), enquanto os comissários de bordo da United faziam piquetes em aeroportos de todo o país. De acordo com a Associação de Comissários de Bordo, 99,9% votaram a favor da greve, com mais de 90% dos membros participando da votação.

Em abril, comissários de bordo da United Airlines realizaram manifestações no Aeroporto LaGuardia e em outros locais, incluindo o Reino Unido, para protestar contra o pacote de remuneração de US$ 19 milhões do CEO da empresa, Scott Kirby, e a falta de aumentos salariais desde 2020. A United Airlines afirmou estar empenhada em negociar um novo contrato e continua as discussões, com a ajuda de um mediador federal.

Essa é a primeira vez que os comissários de bordo da United votam por uma autorização de greve desde que a empresa saiu da falência em 2005. Apesar da votação, os comissários de bordo da United não podem entrar em greve imediatamente.

De acordo com o Railway Labor Act (Lei do Trabalho Ferroviário), há um período de 30 dias de “reflexão” antes que qualquer greve possa ocorrer. E mesmo assim, o National Mediation Board precisaria liberar os comissários de bordo da United das negociações, o que parece improvável.

As negociações com comissários de bordo no último ano tem sido intensas, com sindicatos de aéreas como Southwest Airlines, American Airlines e Alaska Airlines votando por greve, e comissários da Delta tentando se organizar sindicalmente. Até agora, apenas American e Southwest fecharam contratos com seus comissários de bordo. Na Alaska, um novo contrato foi rejeitado. As negociações com a American chegaram a um ponto crítico em junho, levando a participação de autoridades do governo nas discussões.