A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) anunciou os resultados operacionais referentes à aviação comercial no mês de outubro. Segundo a associação, a recuperação da demanda de passageiros continuou “decepcionantemente” lenta. A demanda total caiu 70,6% em relação a outubro de 2019, melhora com relação a queda de 72,2% ano a ano registrada em setembro. A capacidade diminuiu 59,9% e taxa de ocupação caiu 21,8 p.p, atingindo 60,2%.
A demanda doméstica de outubro caiu 40,8% em relação ao ano anterior, um pouco melhor que a queda de 43,0% registrada em setembro. Em relação a 2019, a capacidade caiu 29,7% e a taxa de ocupação caiu 13,2 p.p, atingindo 70,4%. Neste caso, destaque para o mercado brasileiro, que registrou uma taxa de ocupação de 79,9%, a mais alta entre os mercados domésticos mundiais de maior relevância no mês de outubro.
Ainda no Brasil, a queda no tráfego foi de 44,5%, enquanto a oferta de assentos seguiu o mesmo ritmo e teve queda de 41,7%. Já companhias aéreas da América Latina registraram queda de 86% na demanda de outubro em relação a outubro de 2019. A região apresentou o melhor resultado em relação a setembro, quando foi relatada queda de 92,3% na demanda. Em outubro, a capacidade encolheu 80,3% e a taxa de ocupação caiu 23,5 p.p, atingindo 57,7%, também a maior entre todas as regiões.
“Os novos surtos de Covid-19 e a adoção contínua de quarentena rigorosa por parte dos governos resultaram em outro mês catastrófico para a demanda por viagens aéreas. Embora o ritmo da recuperação seja mais acelerado em algumas regiões, o quadro geral para viagens internacionais é sombrio. Esta recuperação desigual é mais evidente nos mercados domésticos; por exemplo, o mercado interno da China quase se recuperou por completo, enquanto a maioria dos outros mercados continua profundamente enfraquecida”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.