
Fabricante tem passado por períodos de dificuldade nos últimos tempos (Divulgação Boeing/IanDewarPhotography/Adobe Stock)
A Boeing anunciou sexta-feira (11) seus resultados preliminares do terceiro trimestre após o fechamento do mercado e, como esperado, não são nada animadores.
O período foi marcado pela eliminação do programa de cargueiros 767, o atraso do já prejudicado modelo 777X e demissões que podem chegar a cinco dígitos, incluindo parte da gerência e trabalhadores e aqueles que já estão de licença.
A presidente e CEO da Boeing, Kelly Ortberg, escreveu um e-mail para a equipe da Boeing: “Nosso negócio está em uma posição difícil, e é complicado exagerar os desafios que enfrentamos juntos. Além de navegar em nosso ambiente atual, restaurar nossa empresa exige decisões difíceis e teremos que fazer mudanças estruturais para garantir que possamos permanecer competitivos e entregar para nossos clientes a longo prazo.”
Tudo isso acontece em meio a uma greve dos funcionários que já perdura pelo segundo mês. É estimado que a empresa está perdendo mais de US$ meio bilhão a cada semana, equivalente a R$2,8 trilhões, além de uma perda de US$ 10 por ação.
É possível que a Boeing considere, inclusive, o status de junk bond, que impedem uma empresa de tomar capital emprestado.
“Sabemos que essas decisões causarão dificuldades para vocês, suas famílias e nossa equipe, e eu sinceramente gostaria que pudéssemos evitar tomá-las. Nós navegaremos por esse momento. Nós refocaremos nossa empresa e restauraremos a confiança com todos aqueles que dependem de nós”, complementou Ortberg.
A Boeing vai divulgar oficialmente os resultados financeiros no dia 23 de outubro.