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Aviação

Boeing: greve continua e CEO reconhece que confiança na fabricante de aviões diminuiu

Boeing: greve continua e CEO reconhece que confiança na fabricante aérea diminuiu

Boeing enfrenta uma situação preocupante, que começou após a explosão de um painel de porta em um avião 737 MAX feito pela fabricante, durante voo (Divulgação Boeing/IanDewarPhotography/Adobe Stock)

Não é segredo que a Boeing passa por um ano conturbado. Desde o dia 13 de setembro, cerca de 33 mil funcionários da fabricante de aviões interromperam seus serviços reivindicando melhores condições de trabalho e de salário, dando, assim, à primeira grande disputa trabalhista desde 2008.

De acordo com estimativas da S&P Global, a paralisação tem custado cerca de US$ 1 bilhão por mês. Uma situação preocupante e reconhecida pela CEO, Kelly Ortberg. “A confiança em nossa empresa foi corroída e com muitas dívidas”, disse em comunicado. “As graves falhas em nosso desempenho decepcionaram muitos de nossos clientes”. Os desafios financeiros também fizeram com que a fabricante anunciasse um acordo de crédito para amortecer os prejuízos.

Recentemente Ortberg informou que a Boeing fará um corte de 10% no quadro de funcionários, assim como adiará as primeiras entregas do 777X para 2026. Vale ressaltar que os locais atualmente em greve produzem dois dos aviões de passageiros mais importantes da Boeing: o 737 Max e o 777.

De acordo com a Fox News, a CEO revelou um plano para tentar corrigir o cenário atual e se tornar líder na indústria novamente: “Será necessária uma mudança fundamental de cultura na Boeing. Nossos líderes precisam estar intimamente integrados ao nosso negócio e às pessoas que estão fazendo o design e a produção de nossos produtos. Precisamos estar lá, nas oficinas e em nossos laboratórios de engenharia”, disse Ortberg. “Precisamos saber o que está acontecendo, não apenas com nossos produtos, mas com nosso pessoal. E o mais importante, precisamos evitar o agravamento dos problemas e trabalhar melhor juntos para identificar, consertar e entender a causa raiz”.

Essa nova cultura da Boeing incluirá também responsabilizar “os líderes pela forma como lideram nossa equipe na entrega de produtos e serviços seguros e de alta qualidade aos nossos clientes”. Ortberg também disse que a fabricante tem trabalhado para encontrar uma solução para a greve.

SOBRE A GREVE

Na semana passada, o sindicato IAM, que representa os funcionários da Boeing, chegou a um acordo provisório com a fabricante, que ofereceu um aumento de 35% em quatro anos em sua última proposta e manteve os bônus anuais, que havia eliminado em sua oferta inicial, além de oferecer um bônus de US$ 7 mil. No entanto, o novo pacote não restaurou as pensões, o que era uma demanda importante de muitos membros do sindicato e, por isso, o sindicato anunciou ontem (23) que 64% dos trabalhadores recusaram a proposta.

A tentativa de um novo acordo foi negociado com a ajuda da Secretária Interina do Trabalho, Julie Su, que se reuniu com os dois lados para buscar uma solução. A Boeing se recusou a comentar o resultado da votação do IAM.

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