A Boeing admitiu culpa em uma fraude criminal relacionada aos acidentes fatais envolvendo suas aeronaves 737 Max, ocorridos em 2018 e 2019, que resultaram na morte de 346 pessoas. A empresa enfrenta acusações do Departamento de Justiça dos EUA de conspirar para enganar reguladores sobre um sistema de controle de voo no modelo 737 Max.
O acordo, divulgado pelo Departamento de Justiça no dia 7 de julho, impõe à Boeing uma multa de US$ 243,6 milhões, reduzida de um valor inicial de US$ 487,2 milhões, além de uma supervisão de conformidade independente pelos próximos três anos. A empresa também investirá US$ 455 milhões em programas de conformidade e segurança.
Em 2021, a Boeing já havia concordado em pagar US$ 2,5 bilhões em multas criminais, compensações às companhias aéreas e um fundo de US$ 500 milhões para as famílias das vítimas. O conselho de administração da Boeing se reunirá com os familiares das vítimas como parte do acordo.
A aprovação do acordo ainda depende de um juiz, enquanto o advogado das famílias das vítimas planeja solicitar que o caso seja levado a julgamento público. Recentemente, a Boeing também foi multada em US$ 72 milhões em outro caso federal por roubar segredos comerciais de um fabricante de aviões híbridos-elétricos.