
O tráfico de animais configura a terceira maior atividade ilegal do mundo, com movimento estimado entre US$ 10 e US$ 20 bilhões por ano (Ana Azevedo/M&E)
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte anuncia, nesta quinta-feira (28), o comprometimento com o combate ao tráfico de plantas e animais silvestres e a conscientização global em defesa da causa como membro da ONG United For Wildlife (União Pelas Vidas Selvagens).
“Atuamos em conjunto com os órgãos e agências de Segurança Pública e Meio Ambiente com o objetivo de detectar e interromper eventuais ocorrências de tráfico de vida silvestre durante as operações”, salienta Kleber Meira, CEO da BH Airport.
O terminal mineiro é um dos primeiros aeroportos da América Latina a assinar a Declaração do Palácio de Buckingham, fortalecendo o pilar da sustentabilidade. “A criação de um canal próprio para denúncias públicas é uma das ações previstas no nosso compromisso de combater o tráfico internacional de vida selvagem, identificando suspeitos de comércio ilegal, compartilhando informações e desenvolvendo mecanismos integrados com a United For Wildlife”, acrescenta.
O aeroporto irá, também, realizar um treinamento obrigatório para os profissionais responsáveis pela inspeção no terminal, em parceria com a Airports Council International (ACI) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo dados do Ibama, 38 milhões de animais silvestres são retirados anualmente da natureza no Brasil e somente 4 milhões sobrevivem ao comércio ilegal. Em Minas, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-BH) recebe, em média, 10 mil animais por ano. A maioria deles é vítima do tráfico, que configura a terceira maior atividade ilegal do mundo, com movimento estimado entre US$ 10 e US$ 20 bilhões por ano, atrás apenas do tráfico de armas e drogas.