
Avianca Brasil já soma 150 demissões em Guarulhos desde o início da recuperação judicial.
A Avianca Brasil já demitiu 49% do seu quadro de funcionários no Aeroporto de Guarulhos desde que entrou em processo de recuperação judicial, no mês de dezembro. De acordo com o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) já são cerca de 150 demissões, incluindo as 70 ocorridas até o dia 29 de abril e as cerca de 80 desde a última quinta-feira (2). A aérea contava até o fim do ano com 304 funcionários. Os cortes afetaram os setores de check-in, despacho de voos e terminal de cargas,
“Ontem começaram as demissões entre esses 234 que haviam sobrado. O que sabemos é que 154 permaneceriam para atender passageiros com voos comprados”, afirma o presidente do Sindigru, Rodrigo Maciel Silva. Maciel ressaltou que os demitidos estão sem previsão para receber as verbas rescisórias, e aqueles que ainda permanecem notam irregularidades no pagamento de benefícios, como vale alimentação e vale transporte. “Está um caos. Os funcionários estão dizendo que não trabalharão, caso não recebam”, completa.
SITUAÇÃO GERAL
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a Avianca tinha cerca de 2 mil funcionários em todo o Brasil, número reduzido a 1,6 mil até o início das demissões de maio, sendo a maioria de folga na escala do mês. Há ainda casos de licenças remuneradas e adesão a pacotes de demissão incentivada.
Em nota, sem confirmar ou citar números, a Avianca informou que, cumprindo as etapas de seu plano de recuperação judicial, e devido à diminuição de sua frota e operação, está em processo de redução do número de funcionários em todo o país.
A Avianca disse ainda que continua trabalhando para minimizar o impacto causado pelos cancelamentos dos voos e para garantir o melhor atendimento aos seus clientes. “A empresa agradece a contribuição, dedicação e profissionalismo de todos os colaboradores que estão deixando a companhia, fundamentais no suporte aos passageiros nos últimos meses”.
A empresa reduziu sua frota de 59 para seis aeronaves, após a devolução de equipamentos. Em abril a companhia somou mais de 2 mil voos cancelados e em maio já são 1,4 mil cancelamentos informados. As operações foram reduzidas a 38 voos diários, distribuídos entre os aeroportos de Brasília, Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Salvador.
Com informações da Agência Brasil