
Plano aprovado por credores nesta sexta (5), prevê a divisão da empresa em sete UPIs.
A Assembleia Geral de Credores, realizada na última sexta-feira (5), aprovou o novo plano de recuperação judicial da Avianca Brasil, que prevê a divisão dos ativos da companhia em sete partes, chamadas de Unidades Produtivas Individuais (UPIs). Deste total, seis serão compostas por slots (horários de pouso e decolagem em aeroportos), funcionários e aeronaves, além da sétima exclusiva para o Amigo, programa de fidelidade da Avianca.
Em uma acalorada discussão, que durou aproximadamente sete horas, 77% dos credores da aérea aprovaram o novo modelo, que agora segue para homologação do juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperaçòes Judiciais da capital paulista, responsável pelo processo.
A proposta aprovada retirou da Elliott Management, maior credor da Avianca Brasil na recuperação judicial, a prioridade no recebimento de US$70 milhões arrecadados com o leilão das UPIs. O valor da venda será dividido entre funcionários e fornecedores, de maneira proporcional ao que é devido pela Avianca a cada uma das partes.
Azul, Gol e Latam na disputa
A assembleia marcou também mais um episódio na briga entre Azul, Gol e Latam na briga por aeronaves e slots da Avianca. Advogados da Azul reforçaram a preocupação com uma concentração de mercado caso as UPIs sejam adquiridas por Gol ou Latam, empresas de maior share no mercado nacional. A Azul chegou a afirmar que o novo plano não interessaria à companhia.
Manutenção das operações
Advogados da Avianca destacaram que a empresa tem como objetivo manter operações nos aeroportos de Guarulhos, Salvador, Recife e Fortaleza, após o desmembramento da companhia em sete partes. O plano, no entanto, não está garantido devido à falta de credibilidade junto a credores e arrendadoras de aeronaves para garantir saúde financeira e operacional da companhia.