SÃO PAULO – A American Airlines chega a 45 voos semanais ligando Brasil e Estados Unidos, agora entre 20 de dezembro e 9 de janeiro, para atender a alta demanda de festas de fim de ano e início de verão. Este número é praticamente o mesmo do que era operado regularmente até o início da pandemia. A partir do dia 10 de janeiro, a companhia volta para seus 38 voos semanais, que seguirão sendo operados durante todo o verão no hemisfério sul.
É um número animador, 65% acima do operado em 2021, e que acompanha a resposta de um mercado que ainda vê uma demanda reprimida de viagens. A American está pronta para mais esta alta temporada, com dois voos diários entre Miami e Guarulhos, que chega a três durante o período de pico, voo diário para Nova York e Dallas/Fort Worth, também a partir de São Paulo/GRU, e os voos entre Rio de Janeiro e Nova York, que foram retomados recentemente.
“Temos hoje 38 frequências semanais, que são o nosso core, pulando para 45 em meados de dezembro. Neste pico, são números muito próximos ao que tínhamos antes da pandemia, que eram de 47 voos”
E segundo o diretor regional de Vendas da American Airlines para Brasil e Uruguai, Alexandre Cavalcanti, com números bem próximos ao que eram operados até antes da pandemia. “Temos hoje 38 frequências semanais, que são o nosso core, pulando para 45 em meados de dezembro. Neste pico, são números muito próximos ao que tínhamos antes da pandemia, que eram de 47 voos”, disse Cavalcanti, em entrevista ao M&E, durante visita ao escritório da companhia em São Paulo.
Para chegar aos 38 voos da alta temporada e 45 frequências semanais do pico, a American vem aumentando a capacidade nos últimos dois anos de maneira gradativa, com o fim também gradual das restrições de fronteira. “E estamos operando com diversos equipamentos, como o B777, o B787-8 Dreamliner e o B787-9 Dreamliner. No caso do Rio, por exemplo, é a primeira vez que operamos com a variante -900, o que aumenta a capacidade em 30%”, destacou Alex.

Com essas novas frequências, a American aumentará de 38 para 45 operações semanais de 16 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023 (Divulgação)
Alexandre lembrou que, ao longo dos dois últimos anos, a American veio frequentemente aumentando a frequência de voos para o Brasil, sempre de acordo com a demanda, que surgia com o fim das restrições. “Justamente para atender esta demanda reprimida. Atingimos as nossas expectativas no Brasil, estamos com uma média de 80% de ocupação, o que consideramos super saudável e o que fez que a gente aumentar o número de voos”, revelou.
Rotas da American durante o verão
- SÃO PAULO–MIAMI: dois voos diários (três voos diários entre 20 de dezembro e 9 de janeiro)
- SÃO PAULO–DALLAS: voo diário
- SÃO PAULO–NOVA YORK: voo diário
- RIO DE JANEIRO-MIAMI: voo diário
- RIO DE JANEIRO-NOVA YORK: três voos semanais
Os voos entre Guarulhos e Miami são realizados por B777-300s, B777-200s e B787-8 Dreamliners. Os voos diários para Dallas são operados apenas pelo B787-9 Dreamliner. Os voos para Nova York, também diários, são operados pelo B777-300. Já os voos a partir do Rio de Janeiro para Miami são operados também pela variante maior do Dreamliner (-900), enquanto a rota para JFK, que é sazonal e seguirá em vigor até 24 de março de 2023, é operada pelo B777-200.
“Atingimos as nossas expectativas no Brasil, estamos com uma média de 80% de ocupação, o que consideramos super saudável e o que fez que a gente aumentar o número de voos
CURIOSIDADE – Pela primeira vez na pandemia, os números mudaram em relação ao exportativo e importativo nos voos da AA. Sempre houve um fluxo maior de pessoas iniciando no Brasil, em relação aos Estados Unidos, que superava os 70%. Durante a pandemia, este número inverteu, com 60% dos passageiros iniciando nos EUA e 40% no Brasil. Hoje, o mercado brasileiro voltou a liderar, com 56% iniciando por aqui e 44% no EUA, mas houve um equilíbrio.
“Tomamos a liderança de novo, num percentual diferente do que antes da pandemia, o que considero extremamente vantajoso para nossas operações. Temos uma série de fatores, como câmbio, que fogem do controle da aviação, logo não podemos depender só de um ponto de origem. É muito importante termos este equilíbrio atual”, disse Alexandre.
A parceria com a Gol: sucesso à vista

Uma série de benefícios acabaram sendo criados durante a pandemia, mas que não foram devidamente compartilhado com o mercado justamente pelo momento delicado pelo qual estávamos passando (Divulgação)
Alexandre Cavalcanti abriu um sorriso quando perguntamos sobre a parceria com a Gol. Também, não poderia ser diferente. A capilaridade e os benefícios que os clientes American (e os da Gol também!) ganharam com esta parceria são inúmeros (e vem muito mais por aí!). Segundo ele, existe uma colaboração enorme entre as companhias, com encontros frequentes para alinhar a mensagem e para pensar em como proporcionar o melhor benefício para o passageiro.
“As duas empresas têm um compromisso e uma agenda intensa de encontros para que tudo seja comunicado e informado ao trade de maneira correta. A capilaridade que a Gol nos traz e a parceria, como um todo, tem fluido e trazendo resultados maravilhosos. Tanto é que temos hoje uma operação que não é diária para o Uruguai, então utilizamos a Gol para conectar com Guarulhos os passageiros que vão seguir para os Estados Unidos. E os números são surpreendentes”, frisou.
Segundo Alexandre, tem “muita coisa boa acontecendo”, além de uma série de benefícios que acabaram sendo criados durante a pandemia, mas que não foram devidamente compartilhado com o mercado justamente pelo momento delicado pelo qual estávamos passando. “A nossa parceria anda acelerada e proporcionando muitos benefícios para os nossos passageiros. Se voltarmos no tempo…”, destacou Alexandre, criando um cronograma completo do que passamos para chegar até aqui.
Gol e American: o que foi alcançado até aqui?
- No início, houve o acordo de codeshare (já até arquivado), que permitiu que o passageiro iniciasse numa cidade que a American não voava, via Gol, conectando com a companhia norte-americana. O codeshare também permitiu que as passagens fossem adquiridas tanto no site da American, quanto no da Gol, criando assim uma experiência mais fluída para o usuário, bem como uma malha aérea muito maior nacional e internacionalmente.
- Logo depois, teve início a parceria dos programas de milhagem, fazendo com que os passageiros de Gol e American acumulassem milhas ou emitissem bilhetes através dos Smiles e AAdvantage.
- Logo depois, veio o reconhecimento dos status dos passageiros. O passageiro elite da American é reconhecido na Gol (e vice-versa). Este benefício é considerado extremamente vantajoso porque os passageiros acabam se beneficiando pela lealdade em relação a uma empresa justamente para usufruir dos benefícios proporcionados pelos status. Com a parceria, os clientes elite querem voar com outras companhias e usufruirem dos mesmos benefícios, como embarque prioritário e seleção do assento.
- Posteriormente, houve uma atualização de sistema que permitiu o cliente da American utilizasse as milhas para voar Gol direto pelo site ou app da companhia norte-americana, o que acabou criando, segundo Alexandre, um aumento absurdo neste modelo de aquisição de bilhetes. Neste mesmo tempo, as companhias começaram a explorar oportunidades na América Latina, em destinos que a Gol opera, em codeshare com American.
American quer explorar a força do AAdvantage

Além disso, numa parceria com o Santander, a American está oferecendo seus cartões de crédito, que permitem ao passageiro alcançar o status elite e ainda acumular milhas sem precisar voar (Divulgação/Santander)
A parceria com a Gol trouxe uma nova importância para os clientes do programa de fidelidade AAdvantage por poderem usufruir também dos benefícios da companhia brasileira. Além disso, numa parceria com o Santander, a American está oferecendo seus cartões de crédito, que permitem ao passageiro alcançar o status elite e ainda acumular milhas sem precisar voar, apenas saindo para jantar, abastecendo o carro ou adquirindo uma diária em um hotel.
“Um ponto legal que impacta o cliente brasileiro é o AAdvantage. Temos uma base enorme de clientes no Brasil e tivemos uma série de mudanças que aconteceram que facilitaram alcançar novos status. Antes, existiam diversas maneiras para as pessoas se qualificarem para ser elite. Hoje é apenas uma, o Loyalty Points. Além disso, facilitamos o ganho de status pelo gasto do cartão de crédito AAdvantage. Estamos facilitando a maneira das pessoas acumularem milhas, e ter o Santander como parceiro é fundamental por conta de sua penetração no mercado para explorar e ceder novos cartões”, frisou o diretor.
Relacionamento do trade com American
O relacionamento com o trade está melhor? Ele mudou durante a pandemia? E no pós-pandemia? Alexandre disse que a American sempre teve um relacionamento muito bom com o trade, justamente pela vantagem da companhia estar há 32 anos no Brasil e com um time sempre muito conhecido do mercado, o que facilita muito a vida dos clientes e parceiros. Segundo ele, por não haver uma rotatividade, as pessoas sabem quem procurar no trade.
Alexandre disse que a American sempre teve um relacionamento muito bom com o trade, justamente pela vantagem da companhia estar há 32 anos no Brasil e com um time sempre muito conhecido do mercado
“Estivemos sempre disponíveis durante a pandemia, o que foi muito importante. O mercado hoje já transformado, com algumas fusões e aquisições, o que era de se esperar, mas as relações não mudaram, continuam muito próximas. O perfil do viajante está mudando, e temos coisas novas acontecendo. Então, a informação é a parte mais valiosa destas relações hoje com o mercado. Queremos divulgar as mudanças no nosso programa de fidelidade AAdvantage, o próprio NDC que está sendo investido, entre outros assuntos, logo a parceria com o mercado está cada vez mais próxima”, disse o diretor.
Sustentabilidade
O tema sustentabilidade entrou na pauta de todas as companhias. Na American, não seria diferente. Há um plano robusto para a companhia ser Carbono Zero até 2050, com uma série de ações que envolvem o SAF (Combustível Sustentável da Aviação), o Hidrogênio Verde, a modernização da frota, que consequentemente reduz a emissão de CO2, e a chance do passageiro zerar suas emissões de carbono durante a viagem.
“São várias ações. A aviação e a indústria têm diversos desafios, logo temos que fazer um plano a longo prazo, mas é realmente fundamental e importante. A American está num dos índices da Bolsa de Nova York justamente com relação a nossa programação de sustentabilidade. A ideia é fazer isso sempre globalmente. Queremos que as aeronaves que partam do Brasil também usem o SAF no futuro, e não só nos EUA. É aevolução ao longo do tempo das entregas para atingirmos essa meta”, disse Cavalcanti.
Agradecimentos ao mercado
Demos o espaço para Alexandre Cavalcanti divulgar uma mensagem ao mercado. Ele aproveitou para desejar boas festas a todos e ainda parabenizou os parceiros por terem chegado até aqui. O diretor prometeu ainda mais oportunidades e um 2023 repleto de boas notícias para todos os seus parceiros.
“Quero desejar um feliz período de festas, um Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos os parceiros do Brasil, que continuem aguardando mais oportunidades e boas notícias”
“Quero agradecer ao mercado e à todos os parceiros que ao longo destes anos continuaram próximos. Parabéns a eles, porque foi desafiador para uma empresa como a American, com certeza foi mais desafiador para eles. A American sempre esteve ao lado para auxiliar, orientar o que for necessário neste período”, disse Alexandre. “Quero desejar um feliz período de festas, um Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos os parceiros do Brasil, que continuem aguardando mais oportunidades e boas notícias”, finalizou.