O Brasil implantará o sistema de segurança TSA, o mesmo utilizado nos aeroportos americanos. A medida, segundo a IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), visa agilizar o processo de vistoria e raio-x nos aeroportos, além de fazer parte do trabalho de colocar o país nos padrões internacionais. Não apenas os passageiros frequentes serão beneficiados, como a implementação favorecerá os turistas de negócios.
De acordo com Carlos Ebner, diretor da IATA para o Brasil, a demora e das filas para passar pelo processo são uma das principais reclamações dos passageiros. “Queremos facilitar o embarque para os passageiros para que este tenham uma melhor experiência de viagem”, pontua Ebner.
Como vai funcionar?
Os detalhes ainda não foram acordados, mas a ideia é que os passageiros frequentes realizem um cadastro e tenham um embarque diferenciado, em uma esteira exclusiva, sem precisar abrir malas e tirar peças de roupas para passar no raio-x. Com isso, as filas serão desafogadas. “Cerca de 90% dos passageiros que utilizam a pré-checagem economizam pelo menos cinco minutos na espera”, explica vice-presidente da IATA para as Américas, Peter Cerda. “Queremos trazer a tecnologia para as rotas de maior densidade, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro”, complementa Ebner.
Em abril os representantes da IATA se reunirão com a Polícia Federal à fim de que seja realizado um workshop para sanar dúvidas e definir como será o processo, que ainda não tem data para ser começado. Os aeroportos também precisarão passar por modificações para se adaptar à nova tecnologia.
País atrasado
O VP ainda destacou que o Brasil tem muito potencial para se tornar um líder global na aviação, mas que as altas taxas e a burocratização deixam ele para trás em comparação com as outras potências. “Espero que o governo brasileiros comece e a ver a aviação como um gerador de negócios e empregos, valorizando o segmento”, enfatizou Cerda.