A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) alertou sobre os riscos de soltar balões, configurado como crime e ameaça à segurança do transporte aéreo e da sociedade. A declaração foi emitida após a queda de um balão de grandes proporções dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos neste fim de semana, ao lado de aeronaves estacionadas no pátio.
Para a associação, essa ocorrência evidencia a necessidade de mobilização da sociedade e do Poder Público sobre o perigo dessa prática, que é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, artigo 42 da Lei 9.605/1998.
“É uma ação criminosa, que tem de ser devidamente apurada e punida, embora não seja isolada. Não fosse todo o cuidado dos funcionários do aeroporto e das empresas, poderíamos ter tido consequências muito mais sérias”, explicou o diretor de Segurança e Operações e Voo da Abear, Ruy Amparo.
Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em 2019 foram 933 reportes de avistamentos de balões, incluindo aviação comercial, geral e militar. No ano seguinte, com o impacto da pandemia na operação aérea, foram 593 registros. Em 2021, outros 879 relatos. Já em 2022, em menos de dois meses, já são 75 reportes.