
Boeing 787 Dreamliner da Norwegian Air Shuttle
A Norwegian Air Shuttle, companhia aérea low-cost da Europa, espera ofecer até 37 rotas em voos diretos entre a Europa e os Estados Unidos – mais destinos que qualquer outras companhia aérea fora dos EUA. Na última semana, anunciou planos para começar novos voos entre Paris e Nova York, Los Angeles e Fort Lauderdale, com tarifas começando em US$ 175 (por trecho).
Poucos anos atrás, a Norwegian encomendou 222 aviões a Boeing e Airbus, em um contrato no valor de US$ 21,5 bilhões. O pedido incluiu aviões de última geração como cem Boeing 737 MAX e cem Airbus A320neo, os mais recentes modelo de aeronave mais econômicas dos dois fabricantes. A companhia planeja usá-los em sua malha europeia e disse que pode introduzi-las no futuro em rotas para a América do Norte, assim como em novas rotas entre o Sul da Europe e África, citando como exemplo conexões possíveis entre Roma e Barcelo a Nigéria ou Quênia.
Mas a espinha dorsal da rede de longo curso da companhia aérea é o eficiente em economia de combustível Boeing 787 Dreamliner. A Norwegian opera oito B787s, e tem encomendas e opções para outros 40, conforme busca expandir suas rotas para Índia, África do Sul e outros pontos na Ásia, África e América Latina. E, segundo Kjos, depois de enfrentarem alguns problemas operacionais quando os Dreamliners foram colocados inicialmente em operação, oa aviões agora estão tendo bom desempenho.
Ano passado, a Norwegian transportou 26 milhões de passageiros, um pequeno número comparado a empresas gigantes como Delta Airlines ou Lufthansa.
Um porta-voz do Departamento de Transportes não apontou nenhuma razão para os atrasos que deixaram a Norwegian no limbo burocrático nos Estados Unidos. O primeiro pedido da companhia aérea foi registrado mas de dois anos atrás. Uma segunda solicitação para uma subsidiária britânica foi feita há dois meses.
A longa demora em aprovar o requerimento “não condiz com a independência política do Departamento de Transportes no que diz respeito aos princípios de livre comércio que estão no acordo de céus abertos entre Estados Unidos e União Europeia”, segundo um relatório preparado por analistas da Capa – Centre for Aviation, que diz ainda: “A falta de ação caulada apenas atende à restringição a concorrência e negação de escolha do consumidor”. (O acordo de céus abertos permite a qualquer companhia aérea da União Europeia e dos Estados Unidos voar entre qualquer ponto na União Europeia e dos Estados Unidos. O mesmo direito à garantido às empresas dos EUA em operação em rotas para a UE).
A Norwegian pode contar com o apoio da União Europeia assim como autoridades de aviação britânica, que são favoráveis ao desenvolvimento de maior tráfico e aumento da concorrência entre as empresas que voam para os Estados Unidos.
Autoridades de aviação civil no Reino Unido disseram que apoiaram o requerimento da Norwegian para certificar sua subsidiária britânica baseada no aeroporto de Gatwick em Londres porque propiciaria mais escolha aos passageiros e negócios nos dois lados do Atlântico. Eles observam que enquanto o Departamento de Transportes dos EUA tipicamente concede autorização a empresas europeias em 53 dias, em média, o requerimento da Norwegian vem aguardando no limbo por mais tempo que isso.
A empresa diz que está contando com essas novas autorizações para conseguir direitos de tráfego mais amplos – graças ao acordo de céus abertos entre União Europeia e os Estados Unidos – do que os que pode voar sob a licença aérea norueguesa, uma vez que a Noruega não é parte da União Europeia.
Mas os sindicatos americanos acusam a cia. aérea de usar estratégia de “bandeira de conveniência”, buscando no mercado as mais baixas proteções trabalhistas subcontratando funcionários. Fazendo isso, argumentam, Norwegian não estaria cumprindo com o acordo de céus aberto entre os EUA e a UE.
De Boston a Londres em março – A empresa contesta que sua estratégia seja baseada em força de trabalho de baixo custo. Diz que contratou 300 tripulantes nos EUA para suas bases em Nova York e Fort Landerdale e que estes seriam 450 até o fim do ano.
Mas ao ter uma base na Irlanda, onde as leis trabalhistas são mais flexíveis que na Noruega, permitiria que a empresa empregasse mão de obra estrangeira para trablalhar nos voos de longa distância. A empresa diz que teria apenas cidadãos europeus e americanos trabalhando nas rotas transatlânticas, para conseguir a aprovação de sua requisição.
Por enquanto, a Norwegian planeja começar o voo direto entre Boston e Londres em março, Oslo em abril e Copenhague em maio. Em dezembro, começou a voar de aeroportos de ilhas no nordeste do Caribe francês, como Guadalupe e Martinica
– Ainda há muito a fazer, disse Kjos. – Temos que pensar em como levar mais pessoas de forma mais econômica. Há centenas de milhões de pessoas que não têm acess a voos baratos.