
O Chile figura o primeiro lugar de acordo com estudo recente de Amadeus em parceria com a ALTA
Em uma nova previsão, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) estima que mais de 197 milhões de empregos podem ser perdidos no setor global de Viagens e Turismo com a manutenção das restrições de viagem por conta da pandemia de Covid-19. O estudo realizado pela entidade considera que este número seja alcançado no pior cenário, em que as restrições sejam retiradas após o verão no hemisfério norte.
Isso representa um aumento alarmante de 96% em relação a última estimativa do WTTC, que previa a perda de 100,8 milhões de empregos. A pesquisa mostra ainda que, se essas restrições de viagem fossem removidas mais cedo, isso poderia salvar 99,3 milhões de empregos. O impacto de restrições de viagens prolongadas também pode reduzir em US$ 5,5 bilhões na contribuição do setor para o PIB global, o que equivale a uma queda de 62% em comparação com 2019. Enquanto isso, no pior cenário, as chegadas internacionais globais sofrerão um declínio acentuado de 73% e as chegadas domésticas de 64%.
“Infelizmente, nossa nova modelagem revela a profundidade do impacto de longo prazo que o setor global de viagens e turismo enfrenta caso as restrições de viagem continuarem por um período prolongado. No nosso pior cenário, restrições de viagem prolongadas podem colocar mais de 197 milhões de empregos em risco e causar uma perda de mais de US$ 5,5 trilhões no PIB global de viagens e turismo”, afirmou Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC.

Gloria Guevara, presidente do WTTC
“A recuperação do setor será adiada por restrições pesadas, num períodos mais difíceis da história. Além das companhias aéreas, todo o ecossistema de viagens sofrerá incluindo milhões de pequenas e médias empresas. Hotéis, destinos, agentes de viagens e outros serão devastados pelo efeito dominó econômico de restrições prolongadas ao movimento, mergulhando milhões de empresas de viagens e seus funcionários em ruínas financeiras”, completou.
Cenários
A análise do WTTC leva em consideração que, no pior cenário, as restrições atuais começam a diminuir a partir de setembro para viagens de curta distância e regionais, a partir de outubro para a meia distância e a partir de novembro para a longa distância. Nesse cenário, 197,5 milhões de empregos podem ser perdidos no setor global de viagens e turismo, com uma perda de US$ 5,54 trilhões em GPD global. Enquanto isso, o número de visitantes globais cairia 73% para chegadas internacionais.
No cenário intermediário, as restrições atuais começam a diminuir a partir de junho para viagens regionais, julho para viagens curtas ou regionais; de agosto para o meio curso e de setembro para o longo curso. Nesse cenário, um total de 121,1 milhões de empregos poderia ser perdido no setor global de viagens e turismo, com uma perda de US$ 3,43 trilhões no PIB global. Enquanto isso, o número global de visitantes cairia 53% para chegadas internacionais e 34% para chegadas domésticas.
Já no melhor cenário, as medidas atuais estariam começando a diminuir a partir de junho para viagens regionais e de curta distância; de julho para o meio do percurso e de agosto para o longo do percurso. Nesse cenário, um total de 98,2 milhões de empregos poderia ser perdido no setor de viagens e turismo, metade do número no pior cenário, com uma perda de US$ 2,6 trilhões no PIB global. Enquanto isso, o número de visitantes globais cairia 41% para chegadas internacionais e 26% para chegadas domésticas.
“Embora o melhor cenário, sem dúvida, ainda resulte em um golpe devastador para viagens e turismo, esse resultado evita danos adicionais desnecessários ao setor como resultado de restrições de viagem prolongadas e protege quase 100 milhões de empregos em todo o mundo que, de outra forma, poderiam ser perdidos”, afirma o WTTC.