Dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) revelam que o setor de viagens corporativas iniciou o ano com um faturamento em janeiro de R$ 472 milhões. O resultado é apenas 43% inferior ao mesmo mês de 2019, com R$ 835 milhões, antes da pandemia, mas 106% superior à receita de janeiro de 2021, quando alcançou R$ 229 milhões.
Com isso, as viagens corporativas retomam sua trajetória de recuperação que foi interrompida pelas complicações geradas pela variante Ômicron, da Covid-19, segundo a Abracorp. O faturamento doméstico foi destaque no mês passado, inferior apenas em 32,6% a janeiro de 2019. As atividades com melhor desempenho foram hotelaria nacional, que caiu somente 13,6%, e locação de automóveis no território nacional, que cresceu 52,4%, sempre em relação a janeiro de 2019.
“Se continuarmos assim, o reflexo desse desempenho pode ser a abertura de novos postos de trabalho”, estima Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp. “Com a vacinação atingido a quase totalidade da população economicamente ativa no Brasil e os países com os quais temos fortes relações comerciais, iniciando um movimento de abertura total de fronteiras, podemos esperar, já para março 22, um ritmo de recuperação mais intenso”, completou.
O setor chegou a perder 31% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano.
Em 2021, o faturamento total alcançou do setor foi R$ 4,370 bilhões, o que representou cerca de 40% do faturamento em 2019 (R$ 11,388 bilhões), mas crescimento de 18% em comparação aos números de 2020 (R$ 3,705 bilhões). Em dezembro de 2021, o faturamento do setor atingiu R$ 530,3 milhões, 125% acima do resultado de 2020 (R$ 235 milhões), mas ainda 27% abaixo do mesmo mês de 2019 (R$ 729 milhões).
“Se fizermos um corte desses números e compararmos somente o último trimestre do ano passado, vamos notar como o mercado se movimentou rapidamente. Nesse período de 2021, faturamos R$ 1,7 bilhão, enquanto em 2020 tínhamos faturado os desastrosos R$ 793 milhões. Ou seja, janeiro de 2022 é metade do que faturamos em três meses de 2021”, avalia Tanabe.