O setor de viagens corporativas fechou 2023 com um faturamento histórico de R$ 13,5 bilhões, o maior desde que o levantamento começou a ser feito, 18,5% acima do registrado 2019 (antes da pandemia), com R$ 11,388 bilhões, e 20% superior aos R$ 11,204 bilhões em 2022, conforme dados levantados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) junto a seus associados e envolvendo 11 setores da cadeia.

Em número de transações, no entanto, o ano fechou ainda abaixo de 2019, com 10.351.344, entre os oito setores avaliados, frente a 11.814.549 antes da pandemia (Divulgação)
Em número de transações, o ano fechou ainda abaixo de 2019, com 10.351.344, entre os oito setores avaliados, frente a 11.814.549 antes da pandemia. Dos oito setores avaliados, somente três registraram mais transações do que em 2019: Locação de Veículos, Transfer e Rodoviário. A Abracorp entende que o equilíbrio nos outros setores será alcançado ainda no primeiro semestre de 2024, com o número se igualando ao de 2019.
“Portanto, fizemos mais com menos. O valor médio das transações em 2023 foi maior do que 2019”, avalia Humberto Machado, diretor executivo da Abracorp.
RODOVIÁRIO – O setor rodoviário foi destaque no ano, com forte expansão, devido aos altos preços das passagens aéreas. O faturamento chegou a R$ 45,114 milhões em 2023, 318% superior ao faturado em 2019, quando registrou R$ 10,781 milhões.
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS – Outro setor que consolidou sua expansão. Além do faturamento, houve uma mudança de comportamento do viajante. Em 2019, a média das reservas de veículos de aluguel era de 7,3 dias. Em 2023 esse número saltou para 8,5 dias. O faturamento do segmento no ano foi de R$ 368 milhões. Em 2019 foi R$ 184 milhões, e 2022, R$ 338 milhões.
HOTELARIA – O faturamento do setor hoteleiro, segundo estudos, veio principalmente do mercado nacional, com faturamento em 2023 de R$ 3 bilhões, frente a R$ 2,7 bilhões em 2019, e R$ 2,8 bilhões em 2022. “Ainda há espaço para crescimento em hotéis no internacional”, avalia Machado.
AÉREO – O setor aéreo, que representa quase 60% do faturamento total do setor, teve um ótimo desempenho, com faturamento de R$ 8,5 bilhões, superando 2022 e 2019, R$ 7,2 bilhões e R$ 7,4 bilhões, respectivamente. “Mesmo assim poderia ter sido melhor, não fossem as restrições nas ofertas realizadas pelas companhias aéreas e o desempenho ainda inferior das viagens aéreas internacionais e o aumento das tarifas no aéreo e no terrestre”, diz Machado.
DEZEMBRO – O último mês do ano registrou faturamento de R$ 892,8 milhões, 22% acima do obtido no mesmo mês de 2019, com R$ 729,4 bilhões, mas abaixo de dezembro de 2022, com R$ 925,4 milhões. O recorde de faturamento no ano passado ocorreu em março, R$ 1,28 bilhão.