Muitas vezes esquecida do grande público, muitas vezes esquecida pelos próprios players da indústria, esta é uma data que deveria ser amplamente comemorada. Por aqui, mais do que significar nossa própria existência como empresa, ela serve para nos ajudar a lembrar a importância social, cultural e econômica da indústria do turismo, uma indústria que movimenta outros mais de 50 setores econômicos, assim como centenas de milhões de pessoas que sobrevivem dela em todo o mundo.
Sim, o turismo é pujante e vai além dos roteiros oferecidos: entre outros, ele também envolve segurança, tecnologia, logística, gastronomia, cultura, saúde, educação, políticas públicas e infraestrutura.
Sim, o turismo tem mostrado sinais de recuperação neste ano e voltando aos índices de 2019, um dos anos mais promissores da nossa indústria, o que nos ajuda a ficarmos ainda mais confiantes e conscientes de que a retomada não é mais a promessa esperada durante e logo após os mais profundos impactos da pandemia da Covid-19.
A retomada não está mais distante. Pelo contrário, ela está aqui – e agora.
Segundo os Relatórios de Situações e Perspectivas Econômicas da Organização das Nações Unidas, a ONU, o turismo irá desempenhar um papel fundamental na recuperação das economias nacionais e do comércio global. Baseando-se em dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o relatório destaca a importância do setor para a economia mundial e, particularmente, para as economias em desenvolvimento.
Somente em São Paulo, berço da maior economia do Brasil e da América Latina, o turismo registrou faturamento de R$ 94 milhões no primeiro semestre deste ano, 33% a mais do que o registrado em 2021 – apenas em junho, os ganhos foram de R$ 16,4 milhões, o que mostra, mais do que a evolução, a consolidação de um cenário mais promissor para nossa indústria.
Os dados, em tempo, são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a Fecomércio-SP, e soam como música para nossos ouvidos. Isso porque é nosso mantra a máxima que define o turismo como motor que estimula e incentiva a economia – no Brasil e no mundo, gerando empregos, divisas, receitas, desenvolvimento social e econômico de comunidades, além, é claro, dos atrativos de visitação para o viajante. Neste ponto, inclusive, mais um dado: uma recente análise da OMT indica vários destinos rurais se desenvolvendo e reforçando a importância do turismo doméstico e rural nas economias locais, ajudando a impulsionar a criação de empregos, proteger os recursos naturais e, ao mesmo tempo, capacitar jovens, mulheres e povos indígenas.
Para além dos indicadores, nessa data tão especial, precisamos lembrar e agradecer, além do turista, dos nossos colaboradores e parceiros, aqueles que são a força motriz daqueles que fazem o turismo acontecer, o agente de viagem, o elo que conecta o destino, o produto, o serviço ao consumidor final. É ele quem interage e resolve os desafios do viajante. É ele quem dá luz e torna tangível o nosso trabalho – no nosso caso, há mais de 36 anos, quando comecei a empresa no meu quarto.
Neste 27 de Setembro, em que pese todo conhecimento técnico e tecnológico disponível no mundo, mais do que nunca, é impossível pensar o turismo sem as pessoas. Afinal de contas, sem o elemento humano, nada é possível.