
O investimento público previsto é de R$ 1,6 milhão do Fundo Nacional de Aviação Civil (Banco de fotos Pexels/ Brett Sayles)
Companhias aéreas brasileiras e estrangeiras têm até 25 de junho para se inscreverem na segunda rodada do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), iniciativa fruto da parceria entre os Ministérios do Turismo (MTur) e de Portos e Aeroportos (MPor) com a Embratur. Os primeiros contratos assinados nesta terça-feira (11) aumentarão a malha aérea do país em mais de 70 mil assentos em voos estrangeiros para o Brasil, sendo 3.200 novos assentos por semana, estimando 21 mil visitantes a mais no Brasil, o que gerará uma receita adicional de 25 milhões de dólares.
As novas rotas estarão disponíveis entre 27 de outubro de 2024 e 29 de março de 2025, ligando Assunção a Viracopos, em Campinas (SP), com 10.030 novos assentos pela Azul Linhas Aéreas, Lima a Curitiba (PR) com 10.296 assentos pela Latam, e Madrid a Guarulhos com a Ibéria, que expandirá de 7 para 14 voos semanais.
“Fazer um PATI no Brasil é um movimento pioneiro que envolveu a atuação de muitas instituições focadas na promoção dos nossos destinos em um mercado global e competitivo, que é o internacional. Aliada à credibilidade desse novo Brasil, compromissado com a sustentabilidade, o PATI nos ajuda a ampliar todas as nossas potencialidades turísticas”, ressaltou a ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes.
Espera-se adicionar pelo menos 10.956 novos assentos nesta nova rodada, totalizando 81.100 assentos. O investimento público previsto é de R$ 1,6 milhão do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), visando ampliar a oferta de voos internacionais e melhorar a experiência dos turistas nos aeroportos brasileiros.
“Todos nós queremos o maior número de turistas internacionais no Brasil. Isso é algo que a companhia aérea quer, que o governo quer, que a Embratur quer, e que a sociedade quer porque isso significa geração de emprego e renda. Em 2023, batemos o recorde de arrecadação do turismo internacional e esses quatro primeiros meses de 2024 já são recorde em relação ao ano passado no que diz respeito à receita. Isso significa que estamos no caminho certo”, pontuou Macelo Freixo, presidente da Embratur.
As companhias aéreas selecionadas receberão incentivos financeiros do PATI para promover destinos turísticos brasileiros no mercado internacional. Para cada novo assento de voo implantado, o programa repassará R$ 40 para a companhia aérea, que deverá aportar o mesmo valor.
As empresas interessadas devem apresentar um plano de promoção turística dos destinos onde pretendem operar novos voos ou aumentar a oferta de assentos, incluindo campanhas publicitárias e viagens promocionais com jornalistas, influenciadores digitais e operadores de turismo estrangeiros.
“Essa agenda internacional tem sido fundamental para fortalecermos essa agenda de desenvolvimento. A cada quatro turistas que chegam ao Brasil, um emprego é gerado, e essa é uma indústria limpa, uma indústria que gera empregos rapidamente, uma indústria que, de fato, consolida ainda mais o fortalecimento da economia brasileira”, observa o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
PATI em números

Das propostas, 76 foram enviadas por companhias aéreas, 41 por aeroportos e seis sem identificação específica (Eric Ribeiro/M&E)
Na primeira etapa do PATI, as companhias aéreas e terminais tiveram até 17 de maio deste ano para submeter seus projetos, resultando em 123 propostas recebidas pelo programa. Das propostas, 76 foram enviadas por companhias aéreas, 41 por aeroportos e seis sem identificação específica.
A aceitação do setor foi demonstrada pela diversidade de candidaturas, incluindo 23 propostas para conectar cidades brasileiras sem rotas diretas internacionais. Regionalmente, o Sudeste liderou com 50 propostas, seguido pelo Sul com 30, Nordeste com 29, Centro-Oeste com quatro e Norte com uma.
“Fizemos o projeto-piloto para testar a aderência do mercado à nova ferramenta e o resultado foi dentro das expectativas. Tivemos grande adesão das companhias aéreas e aeroportos. Temos uma boa ferramenta para ampliar nossa conectividade e trazer mais turistas internacionais para o Brasil. O PATI representa isso: mais voos, mais visitantes estrangeiros e, consequentemente, mais investimento na nossa economia e geração de emprego e renda”, declarou Freixo.
O PATI anunciou um investimento adicional de R$ 1,6 milhão na segunda rodada do programa, inspirado em políticas de fomento de países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Suécia. “Tudo é resultado muito da soma, da vontade política de fazer as coisas acontecerem e do trabalho de uma equipe técnica qualificada, como é da Embratur. Do ponto de vista da nossa representação enquanto setor, esse processo é fundamental e, seguramente, amplia as oportunidades que o Brasil tem de explorar novas origens de turistas”, disse Marcelo Pedroso, da Iata.