A Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta) apresentou os novos números do mercado de educação internacional e de intercâmbio do Brasil. O estudo, que foi executado pela Ideafix Pesquisas Corporativas e contou com o apoio da Education New Zealand, órgão oficial responsável pela divulgação da educação e cultura da Nova Zelândia, mostra que em 2012, 175 mil brasileiros foram estudar no exterior, o que fez com que o segmento movimentasse mais de um bilhão de dólares. Este foi um dos dados levantados com as 81 agências de intercâmbio brasileiras associadas e não associadas à Belta que participaram da pesquisa.
Comparado à pesquisa divulgada em 2011 pela associação, a faixa etária do público que busca por cursos de intercâmbio não mudou: a maioria dos estudantes ainda tem entre 18 e 30 anos. Já o tempo médio de permanência no exterior aumentou passando de um a três meses para até seis meses. Além da presença das classes A e B no mercado, 92% das agências entrevistadas detectaram o aumento na procura da classe C por cursos de intercâmbio.
Cerca de 96,3% das entrevistadas disseram que a internet facilitou o acesso direto dos brasileiros ao intercâmbio. Mas, por outro lado, as agências de intercâmbio deixam de lucrar, já que o estudante pesquisa e realiza as próprias viagens sem o auxílio das empresas especializadas.
Os cursos de idiomas se mantiveram como os produtos mais comercializados pelas agências, e representam mais de 60% no volume de vendas. Em segundo lugar aparecem os cursos de high school (ensino médio no exterior), com 13,4%. Depois aparecem os cursos de férias, que representam 7,3%.
O Canadá é o destino mais procurado, citado por 90% das empresas que responderam à pesquisa. Os Estados Unidos ficou em segundo lugar, com 75%, e o Reino Unido em terceiro, com 68,8%. De acordo com os dados apresentados na pesquisa da Belta, na última década o Canadá teve crescimento nas buscas por cursos de idioma, high school, programas de trabalho e cursos de férias. Já os Estados Unidos ficou como o destino mais procurado em cursos de graduação e pós-graduação.
Malta, África do Sul e China se destacaram como os novos países procurados pelos intercambista nos últimos anos. A Nova Zelândia apareceu como o destino mais desejado devido ao custo-benefício, segurança e facilidade para visto.