Braztoa avalia nova gestão, convenção anual, fala sobre COP30 e projeta 2024 otimista

Fabiano Camargo, presidente e Marina Figueiredo, presidente executiva da Braztoa (Matheus Bueno/M&E)

Na convenção anual da Braztoa, realizada na última semana, líderes do setor de turismo se reuniram para discutir desafios e conquistas em um cenário pós-pandemia. Com a participação ativa de operadores e especialistas, o evento destacou a importância da integração entre os associados e o compromisso com a sustentabilidade. Em entrevista exclusiva ao M&E, Marina Figueiredo e Fabiano Camargo, presidente da Braztoa, compartilham suas visões sobre o futuro do turismo, as tendências de mercado e a evolução da gestão da associação. A expectativa é que essas trocas fortaleçam ainda mais a indústria e preparem os operadores para novos desafios.

MERCADO&EVENTOS – Como vocês avaliam a convenção deste ano da Braztoa?

• Fabiano Camargo: A convenção superou minhas expectativas. O destino escolhido tem tudo a ver com o brasileiro e com meu estilo de viagem pessoal. A palestra do Fábio foi fantástica e gerou discussões muito ricas entre os operadores, refletindo um amadurecimento na forma de pensar do setor. Os participantes foram muito engajados e abertos a compartilhar ideias, o que é essencial para fortalecer nossa comunidade.

M&E – E em relação à integração entre os associados?

• Marina Figueiredo: A parte da integração é crucial. A experiência de fechar uma estação de ski exclusivamente para 50 pessoas é única e demonstra a força da Braztoa e o interesse dos operadores no que estamos promovendo. Isso cria um ambiente de colaboração e aprendizado, onde todos se sentem parte de algo maior. A troca de experiências entre os associados é valiosa e pode levar a parcerias e inovações.

M&E- Vocês vão fazer alguma ação na COP30?

• Marina: Não posso dar muitos detalhes, mas estamos acompanhando de perto a temática da sustentabilidade e buscamos formas de contribuir de maneira significativa. É fundamental que o setor de turismo se envolva nas discussões sobre o futuro do planeta, e a COP30 é uma oportunidade para mostrarmos nossa responsabilidade e comprometimento.

M&E – E quanto ao faturamento das operadoras?

• Fabiano: Não temos números exatos, mas até o ano passado, observamos um crescimento significativo. Os operadores estão se tornando mais assertivos, focando em nichos específicos. Isso tem gerado resultados melhores do que tínhamos no período pré-pandemia. Muitos estão investindo em treinamento e desenvolvimento, o que se reflete na qualidade dos serviços oferecidos e na satisfação dos clientes.

M&E – A pandemia trouxe mudanças para as operadoras?

• Fabiano: Sem dúvida. A pandemia foi um divisor de águas para muitas operadoras. Muitos se reestruturaram e hoje estão mais preparados para enfrentar crises futuras. Essa experiência os torna mais sólidos e conscientes das necessidades do mercado, além de promover uma cultura de resiliência e adaptação.

M&E- Quais são os principais destinos vendidos atualmente?

• Marina: Destinos como Orlando e Argentina continuam a liderar as vendas. O Peru, por exemplo, cresceu mais de 70% no mercado brasileiro, mostrando que são destinos desejados, não apenas por oportunidade. Essa diversificação nas escolhas dos viajantes indica uma mudança nos padrões de consumo e um desejo por experiências mais autênticas.

M&E- E a procura por novos associados?

• Fabiano: Temos recebido um interesse crescente de novos operadores. No entanto, a entrada deles na associação é criteriosa. Buscamos qualidade, não quantidade, para manter a excelência da nossa associação. Queremos garantir que todos os associados compartilhem nossos valores e compromisso com o turismo responsável e de qualidade.

M&E – Como vocês avaliam a gestão da Braztoa até agora?

• Fabiano: Tem sido um desafio, mas conseguimos dividir responsabilidades de forma leve e produtiva. As conquistas são várias, como a aprovação da Lei Geral do Turismo e vitórias no universo político. Estamos constantemente buscando melhorias e novas parcerias que possam beneficiar nossos associados.
• Marina: A parceria entre nós tem sido fundamental. Estamos focados em manter o que foi construído e em adaptar a Braztoa às novas realidades do setor. Isso envolve ouvir nossos associados e entender suas necessidades, para que possamos agir de maneira eficaz e proativa.