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Representantes da hotelaria nacional debateram principais desafios e cenários do setor (Eric Ribeiro/M&E)
SÃO PAULO – A mudança do perfil dos hóspedes, a distribuição dos canais de vendas, as diferenças e semelhanças dos hotéis independentes e de redes, a criação de um comitê de hotelaria foram alguns dos temas debatidos no painel “Hotéis: Os desafios atuais e como vencê-los inovando e se reinventando”, que aconteceu no primeiro dia do Abav Meeting-SP, nesta quinta-feira (17), no Blue Tree Premium Paulista.
O painel foi mediado pela presidente da Abav Nacional, Magda Nassar e contou com a presença ainda de Carolina Gaete, da Accor Hotels, Cristiane Roquetti, da Atlantica Hotels e Erilton Junior, da Blue Tree Hotels. Para abrir as perguntas, Magda Nassar questionou os convidados sobre as diferenças, semelhanças e concorrência entre os hotéis independentes e de rede.
Erilton Junior, da Blue Tree Hotels, acredita que o mercado se complementa de uma certa forma. “É importante ter nuances próximas dos hotéis independentes e de redes. Somos todos hotéis. A parceria é primordial no nosso negócio – ás vezes precisamos da ajuda de um hotel independe e vice e versa. A união do nosso mercado é importantíssima para a experiência do cliente de viajar bem”, explicou.
Cristiane Roquetti, da Atlantica Hotels, acredita que há uma certa vantagem de ser uma grande rede. “Tem um lado comercial mais negativo para os hotéis independentes, mas – principalmente em cidades menores – eles estao mais consolidados, diferente de grandes redes quando chegam a um novo destino. Por outro lado, grandes redes conseguem ter essas trocas e padrões, o que é uma vantagem”, afirmou.
Carolina Gaete, da Accor, colaborou com a fala de Cristiane e definiu o diferencial das grandes redes em 4 processos: Padronização, qualidade, serviço e garantia de um pós venda de suporte. “Se pudesse resumir, esta seria a diferença das grandes redes”, explicou.
Magda também aproveitou o momento para perguntar sobre a recuperação dos hotéis pós pandemia, mudança no perfil de viajantes e distribuição de vendas.
“O legado da pandemia ensinou o brasileiro a viajar no Brasil e esta é uma herança que vai ficar pra sempre. Hoje vemos muito forte ainda o lazer mas temos crescido no mercado de eventos. Cravar um número agora sobre a distribuição de canais no entanto não seria real mas o histórico na nossa rede – falando de passado – sempre tivemos 70% do movimento corporativo sendo vendido através de agencias corporativas. Esse histórico não existe mais agora. Cada mês é um histórico divergente do mês anterior”, explicou Erilton.
Para Cris, “hoje é muito difícil precificar se os hospedes são mais de lazer ou corporativo e quem compra da onde. Acredito que hoje todo mundo compra de todo mundo, mas se tivesse que colocar um número, temos 20% da distribuição das nossas vendas sendo realizadas por agências”, disse.
Na Accor, o número é maior. “70% das nossas vendas são proveniente de agências – incluindo OTAs, operadoras, agências e 30% direto do site da Accor. Há muito tempo atrás, a rede vendia 10% mais barato no site da Accor e isso fazia com que o cliente comprasse mais no site. Na pandemia, acabamos com isso e deixamos disponível para os agentes de viagens através do GDS”, finalizou.
Magda Nassar ainda pediu para que os representantes da hotelaria nacional olhassem para o agenciamento como um canal de vendas importante. “Façam programas para o agenciamento para que a gente recupere nossa dignidade de viver, porque em todos os outros canais está muito mais barato. Queremos vender mais voces e precisamos de soluções e dessa parceria para que isso aconteça”, apelou a presidente da Abav Nacional, principal entidade de agenciamento de viagens do País.
