Festival #SouManaus Passo a Paço 2022 reúne mais de 240 mil pessoas no Centro Histórico

Todos os ritmos passam pelo palco Tucupi

MANAUS – A capital do Estado do Amazonas está em festa. A 7ª edição do maior festival de artes integradas da Região Norte do país, #SouManaus Passo a Paço 2022, tomou conta das ruas e espaços de arte e cultura do Centro Histórico da Cidade de Manaus. Mais de 240 mil pessoas, entre manauaras, turistas e moradores da região devem passar durante os três dias de festival, que se encerra nesta terça-feira (6), com a apresentação de DJs, grupos musicais e de percussão e artistas solo, como o Padre Antônio Maria, Leandro Borges Tony Alisson e a cantora gospel Bruna Karla nos palcos Tucupi e Caboquinho.

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Literalmente, o #SouManaus Passo a Paço 2022 potencializa e integra o público com as manifestações artísticas e seus segmentos como dança e música, gastronomia inclusiva, atividades circenses, audiovisual, hip-hop, teatro e literatura para oferecer variedade de diversão e entretenimento, tudo com entrada gratuita.

O espaço que integra boa parte do patrimônio histórico e arquitetônico do município recebe ao longo do festival cerca de 600 artistas, mais de 50 atrações locais, internacionais, como o Double You, e 15 nacionais, entre outros, Joelma e Jota Quest, Diogo Nogueira e Felipe Araújo que se apresentam nesta segunda-feira (5), respectivamente, nos palcos Tucupi e Caboquinho.

Na Praça Dom Pedro II, âncora do #SouManaus Passo a Paço, o Museu da Cidade de Manaus abriga mostras e exposições e nos palcos Coreto e Passinho, a programação atende todas as tribos. As feiras de Gastronomia, com comidas preparadas por 27 chefs de renome a preços populares (R$ 8,00, R$ 13,00 e R$ 23,00), além de seis food trucks; de Artesanato, com destaque para a arte indígena amazônica; e de Antiguidades centralizam as atenções.

Multidão se diverte na Praça Dom Pedro II

O festival “#SouManaus Passo a Paço 2022” é uma realização da  Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e tem o propósito de reavivar e promover a valorização cultural do Paço da Liberdade, além de (re)significar e popularizar o espaço onde nasceu a cidade de Manaus, às margens do Rio Negro.

A temática desta sétima edição, que veio mais forte depois de dois anos sem festival por conta da pandemia, está voltada para as raízes amazônicas e a sustentabilidade, buscando colocar Manaus na rota do turismo, inclusive dos grandes eventos musicais. “A prefeitura preparou um festival que busca integrar cultura, lazer, gastronomia, turismo e sustentabilidade no Centro Histórico de Manaus”, assinalou o prefeito David Almeida.

“A temática desta sétima edição está voltada para as raízes amazônicas e a sustentabilidade”

Atenta ao que acontece nos principais centros de entretenimento e cultura, a Manauscult apresenta no festival conceitos atuais da arte contemporânea e da política de gestão cultural, como as ocupações urbanas, neste caso o Centro Histórico e seu entorno, por meio de intervenções artísticas e criação de novos cenários urbanos.

A proposta é habitar todo o território entorno da Praça Dom Pedro II com atividades que contemplam as diferentes linguagens artísticas, incluindo, ainda, ações de incentivo a gastronomia, moda, promoção turística e educação patrimonial.

No Teatro da Instalação, com apresentações para o público adulto e infantil desde o primeiro dia de festival, a programação segue nesta segunda-feira (5) com o espetáculo “A Herança Maldita de Mercedita de La Cruz”, às 9h (+14 anos) e terça (6), com “O Jardim Enfeitiçado”, às17h (Classificação livre).

Gastronomia

Entendendo a gastronomia como parte da cultura manauara e promoção turística do destino Manaus, o festival foi aberto oficialmente com uma Aula Show apresentada pelo chef Rodrigo Oliveira, no Senac. Chef dos restaurantes Mocotó, Balaio IMS e Caboco, o paulistano já ganhou prêmios nacionais e internacionais e hoje ocupa o 23° lugar na lista do Latin America’s 50 Best Restaurants da revista britânica Restaurant.

Chef Rodrigo Oliveira ministrou Aula Show

“Orgulhoso de estar aqui em Manaus, a essência nacional que acaba moldando tudo o que a gente faz na cozinha brasileira. E não tenho a menor dúvida que a gastronomia tanto aqui como em qualquer lugar do mundo é o motor indutor do Turismo”, afirmou Rodrigo.

O chef preparou três criações a partir de ingredientes amazônicos adquiridos no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, como o tucupi e a mandioca. A releitura de receitas tradicionais a partir da inovação no uso desses ingredientes permitiu toda sorte de variações, sem se contrapor à tradição, o que encantou o público.

Rodrigo Oliveira preparou um tartar, com maionese e tucupi, pimenta de cheiro e sal, sobre uma casquinha de biju crocante; em seguida mostrou a interação Norte-Nordeste usando a tapioca de cuscuz, recheada de tucumã, queijo coalho e banana; e concluiu a Aula Show com uma sobremesa feita a base de tapioca (massa preparada com café), doce de leite e chocolate amargo.

Também participaram da Roda de Conversa com estudantes de gastronomia e donos de restaurantes, os chefs locais mais consagrados e reconhecidos de Manaus, Maria do Céu Athayde, da Casa de Maria, e Cláudio Procópio, da Taberna do Chefe.

“Troca experiências e informações sobre novos usos de nossos ingredientes”, Oreni Braga vice-presidente da Manauscult

Representando a prefeitura de Manaus, a vice-presidente da Manauscult, Oreni Braga, cumprimentou o chef Rodrigo Oliveira, ressaltando a importância de sua presença na abertura do  #SouManaus Passo a Paço. “Nada mais justo e nobre que convidar uma das maiores sumidades em gastronomia do país, indicado pela Abrasel Nacional, para trocar experiências e informações sobre novos usos de nossos ingredientes e valorizar a cultura gastronômica manauara”, completou.

#SOUMANAUS 2023

A potência e diversidade do line-up de música, gastronomia, teatro e de ações de sustentabilidade buscam dar à 7ª edição do festival repercussão internacional. Neste ano, o festival dá o seu último passo e inicia uma nova fase em 2023, passando a se chamar #SouManaus.

Oreni Braga explicou que o festival deste ano explorou a cultura-raiz amazônica e manauara, com destaque para a moda originária de etnias do Amazonas, sua arte, rituais e pajelanças; bem como o compromisso e trabalho realizado pela Prefeitura de Manaus para alcançar níveis carbono zero nas emissões e crédito carbono em defesa do meio ambiente.

Túnel das Águas interativo mostra e explica em áudio características da flora e fauna dos rios amazonenses

Para 2023, a oitava edição do festival já tem nova data e espaço: primeira semana de julho e Mirante da Ilha de São Vicente.

Na área do Porto de Manaus, a prefeitura já está realizando obras estruturais em prédio no Centro Histórico, bem como a extensão do píer para atracação de embarcações menores que favorecerá o trânsito turístico e a instalação de um teleférico. A ideia é que novos empreendimentos, como bares, restaurante e lojas ocupem toda a nova área comercial que será aberta.

“Queremos celebrar nossa relação com as águas, principalmente dos rios Negro e Solimões que tanto representam Manaus. O mês de julho, a nova data para realizar o festival e época das cheias, é o melhor momento para a realização do #SouManaus 2023”, finalizou.

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