Durante reunião em Brasília os principais envolvidos nas operações aeroportuárias para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do próximo ano. Companhias aéreas e empresas prestadoras de serviços auxiliares – ground handling – decidiram que vão operar no mesmo formato da Copa de 2014, em pool para garantir as operações em segurança.
“As empresas de serviços auxiliares vão trabalhar em conjunto para garantir atendimento aos voos, mas priorizando a segurança, com funcionários das empresas usando sempre os próprios equipamentos para o suporte em solo”, disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo).
A estimativas da Secretaria de Aviação Civil (SAC) apontam para um público superior a 2,3 milhões de pessoas durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016, sendo que deste total, 1,2 milhão vão chegar de avião. O evento também tem outras peculiaridades que vão impactar as operações aéreas. Entre carga e bagagem, serão processados 500 mil volumes só nos Jogos Olímpicos e as operações para a paraolimpíada terão características únicas. “Em jogos paraolímpicos, já se sabe que o volume de carga processado é ainda maior porque os atletas que usam cadeiras de rodas, por exemplo, levam três, uma para competir, uma reserva e a de uso normal”, disse o presidente da Abesata.
Para garantir o embarque e desembarque, um novo terminal no Galeão vai agilizar o processo com acesso direto de portadores de deficiência física ao saguão do aeroporto. “Pela lentidão do processo, decidimos restringir o uso do ambulift. Uma nova tecnologia chamada Aviramp vai ser testada”, explicou Miguel.
O início das operações de coordenação aeroportuária para os Jogos Olímpicos começa dia 5 de julho do próximo ano, um mês antes da abertura justamente por causa dos eventos preparatórios. E só se encerra em 28 de setembro, quando terminam os jogos Paraolímpicos. “Estamos muito satisfeitos de ver o trabalho feito em conjunto, companhias aéreas, empresas de serviços auxiliares e autoridades. Nós da Abesata vamos estar presentes na sala master do CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea) ao longo de todo o período de operações e isso é fundamental”, disse o presidente da entidade.