Resorts vão continuar dependendo do público doméstico

As oportunidades para os resorts no Brasil foi o tema de um dos painéis da parte da tarde no BHIC, evento que acontece em São Paulo até esta sexta-feira (14/06). Moderado por Ricardo Domingues, da Resort Brasil, ele teve a participação de Antonio Dias, do Royal Palm Plaza, Margarida Caldeira, da Brodway Malyan e Francisco Costa Neto, do Rio Quente Resorts.

Domingues fez um panorama sobre o setor no País e lembrou que até 2008 os hóspedes dos resorts brasileiros tinhas 43% de estrangeiros. Devido a crise econômica nos Estados Unidos e Europa, em 2012 foram apenas 10%. Além do público doméstico, os eventos são os grandes responsáveis pela ocupação de 61% alcançada pelos empreendimentos no ano passado.

“Os resorts têm como grande foco as famílias, especialmente as com filhos de até seis anos. Acredito que neste contexto este é um produto muito consolidado na cabeça das pessoas”, afirmou Costa Neto. Por outro lado, Margarida ressaltou que os empreendimentos devem olhar com mais carinho para os seu público em potencial “É necessário saber quem são esses hóspedes. Temos que ver que até 2030 60% da população brasileira estará na classe média”, acrescentou.

Antonio Dias falou sobre os custos de um resort e que o retorno no Brasil é muito mais lento do que em outros mercados. “O grande desafio dos resorts está no custo. Os hotéis econômicos tiram serviços para abaixar os preços, mas isso não pode acontecer conosco, que somos um destino em si”, disse.