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A Braztoa realizou no primeiro dia da WTM-LA Latin America o Fórum “Tendências na rede de distribuição: Quem ganha e quem perde?”. O grande debate na ocasião foi a convivência entre OTAs, agências tradicionais, operadoras, consolidadoras e demais players do mercado – que ultimamente tem misturado e agregado cada vez mais suas funções. A ViajaNet, por exemplo, firmou parceria com a CVC.
Sob comando de Marco Ferraz, presidente da entidade, e participação de Guilherme Paulus, da CVC, Marcos Balsamão, da Alatur, Rui Alves, da Gapnet, e Bob Rossato, da Viajanet, foram levantadas no fórum também questões que ainda não são debatidas no Brasil, ao contrário do que acontece em outros mercados, como a influência do Google na compra do consumidor final.
“O mercado hoje tem que fazer tudo, e tem que ter foco. Mas o agente é o divulgador de todos os produtos. Se temos Turismo hoje é por causa dos agentes de viagem. Turismo é atender bem e encantar”, ressaltou Paulus. Sobre a concorrência na distribuição de produtos, Rui Alves foi enfático: “A distribuição por multicanais sempre vai existir e o agente de viagens é um desses canais. Mas precisamos entender que é necessário se adaptar às mudanças”. Como abordou Marcos Balsamão, a grande questão hoje é realizar treinamento e investir em tecnologia para oferecer um serviço ágil.
Rui Alves, da Gapnet, alerta que os empresários brasileiros devem se preocupar mesmo é com o Google, que tem o poder de indicar ao consumidor final qual é a melhor oferta. “O Google é o grande player do mercado. Essa discussão já está bem adiantada em outros países e no Brasil ainda não foi para frente”.
OTA de olho nas classes C e D – As OTAs estão apenas “começando na América Latina”, lembrou Bob Rossato, da ViajaNet. “A OTA não tira mercado nem compete com ninguém, só soma”, disse ele, que levantou ainda a preocupação da empresa de contratar agentes de viagem com experiência e formação profissional para dar assistência aos clientes.
O foco da Viajanet são as classes C e D, ou seja, atrair os que ainda viajam pouco ou nunca viajaram. “Queremos que as pessoas conheçam cada vez mais o transporte aéreo, atrair cada vez mais clientes para a indústria de viagens. As OTA’s estão aí para potencializar o mercado”.
Pamela Mascarenhas