
Vinicius Lummertz
Antes mesmo da abertura oficial da 43ª Expo Abav, na manhã desta
quinta-feira, em SP, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, em
entrevista coletiva, voltou a falar da necessidade de integração de todo
o turismo nacional para amenizar as consequências da crise.
“O
Brasil é um dos maiores destinos de negócio do mundo. Estamos atualmente
na 10ª colocação deste ranking. Neste momento de crise, temos que ir
atrás dos dólares e é por isso que lançamos oficialmente, ainda hoje, a
campanha da Embratur por toda a América Latina, a fim de mobilizar os
comitês vizinhos e investir no dólar mais perto de nós. A Argentina como
nosso maior emissor e a integração da LATAM são oportunidades que temos
de aproveitar. Agora, só precisamos de mais empresas investindo no
turismo, no entanto a burocracia ainda é um grande impasse para nós”,
disse o presidente da Embratur.
Para Lummertz, no Brasil existe
uma situação de não incentivo ao investimento no turismo. “O empresário
vai investir com segurança em países onde a burocracia é menor, como os
Estados Unidos por exemplo. O Brasil é um dos países mais difíceis de
montar uma marina ou um porto, por exemplo. De fato, o governo
brasileiro precisar criar condições para que o investimento flua. Só
assim será possível aumentar a competitividade turística no país.”
Questionado
pelo M&E sobre uma possível união do Ministérios do Turismo e do
Esporte com o corte orçamentário, o que poderia dar enfraquecer o
turismo nacional e deixa quase tudo “nas mãos” para Embratur, Vinicius
Lummertz negou. “Já está tudo certo, tudo confirmado. O MTur segue com a
gente.”
O presidente da Embratur falou da
importância de Henrique Eduardo Alves à frente do Ministério do Turismo.
“Para nós da Embratur é um grande ganho, já que para todo o turismo
falta a força política. É preciso que haja interlocução entre as
entidades de turismo e a política nacional, e o ministro é uma
oportunidade nessa direção. Muitas vezes acabamos não sendo
compreendidos pela classe política brasileira”, completou Lummertz.
Se
o momento é difícil, a burocracia não ajuda e o Ministério do Turismo
permanece para dar uma maior força política ao setor, o que é preciso
fazer para aumentarmos cada vez mais o volume de negócios no Brasil,
Lummertz?
“Agora é a hora de sermos os mais criativos possível.
Estamos refazendo o site da Embratur, que terá até 12 idiomas
diferentes. Posso afirmar que a Embratur digital será muito mais forte e
espero que lá esteja os quase 2500 pacotes da Braztoa, por exemplo.
Precisamos seguir um modelo bem-sucedido quando o assunto é promoção
turística, como já acontece com o Brand USA”, frisou o presidente.
A
Copa do Mundo já se foi, as Olimpíadas 2016 só tem duração de 1 mês e o
grande momento do Brasil precisa ser perpetuado. O presidente da
Embratur, Vinicius Lummertz, acredita que para isso acontecer é preciso
haver uma manutenção do turismo como um todo. “Temos que aproveitar toda
essa visibilidade desta década e transformá-la em vendas. Ano que vem
teremos uma visibilidade maior que a Copa do Mundo, com isso teremos um
novo site, novas campanhas e grandes surpresas para aproveitar este
momento único”, disse Vinicius.