Após os representantes das principais armadoras de cruzeiros marítimos terem citado os problemas de infraestrutura como principal entrave do crescimento do setor no Brasil pela manhã; o assunto voltou a ser abordado na última seção do Seatrade; que está sendo realizado em São Paulo.
A coordenadora do grupo de infraestrutura da Abremar; Márcia Leite; lembrou que a entidade preparou um estudo sobre a situação do setor que apontou os principais gargalos e as necessidades das operadoras. De acordo com ela; além das estruturas físicas; foram apontados problemas como mudanças constantes de regras; a fata de berços dedicados a navios de passageiros e segurança. “Os custos também são um problema sério. Fizemos um estudo de quanto custa operar um roteiro de sete noites no Mediterrâneo; com saída e chegada em Barcelona; comparando com um roteiro de sete noites com chegada e saída em Santos. Os custos foram; respectivamente de 142 mil e 267 mil euros”; revelou. “Assim pudemos ver o quanto pagamos a mais no Brasil”; completou.
Em defesa dos portos; o gerente Geral do Pier Mauá; Américo da Rocha; lembrou que a inceteza também permeia o setor. Segundo ele; é difícil faze um investimento sem saber quais são os planos futuros das armadoras; pois não haveria garatia de retorno. “O sistema é de concessão; mas os investimentos são feitos por nós da iniciativa privada. Ou seja; temos que repassar também esses custos e sem a garantia de longo prazo; não podemos esperar”; explicou.
Flávio Brancato; diretor do Concais; reiterou que ainda não houve tempo hábil para que o setor se adequasse ao rápido crescimento de cruzeiros. Ele lembrou que em 1998 eram embarcados em Santos cerca de 90 mil passageiros e na última temporada foram 1;1 milhão. “Em 13 anos saimos de 4.500 m² para 38 mil m². Os investimentos foram feitos; mas sabemos que há ainda muito a ser feito”; concluiu.