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Feiras e Eventos

Gastronomia e moda indígena são destaques no festival #SouManaus Passo a Paço

Chef Cláudio Procópio a caráter no espaço de sabores

Chef Cláudio Procópio, embaixador da Região Norte do Prêmio Dolmã 2022

MANAUS – O maior festival de arte integrada da Região Norte, #SouManaus Passo a Paço 2022, reuniu, entre outras atrações, gastronomia e moda. Destaque para o chef Cláudio Procópio, da Taberna do Chef @tabernadochefprocopio, e estilistas indígenas que, mais do que mostrar suas criações em vestuário, marcaram presença em defesa da cultura ancestral e o significado expresso em cada uma de suas criações.

Concorrendo ao título de embaixador regional do Prêmio Dolmã, conhecido como “Oscar” da gastronomia brasileira, o chef Cláudio Procópio, sagrou-se vitorioso na edição 2022. A premiação teve lugar em Macapá (AP) no dia 13 de agosto. O reconhecimento dos jurados e o voto popular pelo conjunto da obra categoria Região – Norte deram o título ao chef petropolitano (RJ).

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Chef Cláudio Procópio e as duas estatuetas de embaixador do Prêmio Dolmã conquistadas em 2015 e 2022

“Muito grato pelo reconhecimento. Agora a responsabilidade também cresce, pois represento como embaixador a gastronomia dos seis estados da Região Norte do Brasil”, disse Procópio, que serve toda sua experiência culinária no restaurante Taberna do Chefe, instalado no Mercado Municipal Adolpho Lisboa.

Em 2015, o chef já era embaixador com a conquista do Prêmio Dolmã Categoria Estado – Amazonas. Na oportunidade concorreu com uma releitura da culinária amazônica, tendo por base o pirarucu. Procópio também é autor de dois livros sobre “Culinária do Amazonas”, pela Editora Senac.

Durante o festival e como embaixador, o chef participa da Feira de Gastronomia inclusiva preparando, ele mesmo, pirarucu frito in Box, farofa regional com pirarucu defumado e linguiça de tambaqui, entre outras criações.

Ira Maragua, modelo; Ira Ticuna, estilista, e Kim Puremanã, modelo

Ira Maragua, modelo; Ira Ticuna, estilista, e Kim Puremanã, modelo

MODA INDÍGENA – “Nosso propósito nos desfiles, claro, é mostrar nosso trabalho e vender nossa moda para todo o país, embora, o mais importante e representativo para as comunidades indígenas da Amazônia seja marcar presença e contribuir para a descolonização de tudo aquilo que foi colonizado”. Tuniel Mura, estilista da etnia mura, no município de Autazes, região Metropolitana de Manaus, lembra que a cultura originária “existe e resiste” até hoje.

“Igual que pinturas no corpo, nossas vestimentas transmitem, não somente estampas, imagens e grafismos bonitos, mas toda uma representatividade e simbologia que vai além da própria cosmologia”, finaliza. Layane José, da etnia Kokama, é modelo de Tuniel, diz que desde criança sonha em desfilar e, como todos da aldeia Kokama, mantém o costume de pintar o rosto com grafismos.

Tuniel Mura, estilista, e Layane José, modelo

Tuniel Mura, estilista, e Layane José, modelo

Ira Ticuna, uma das estilistas que representa o mais numeroso povo indígena da Amazônia, a etnia Ticuna, desde sempre trabalhou com a criação e modelagem de vestimentas, usando na maioria das vezes materiais e elementos encontrados na natureza para fazer os tecidos e tingimento e ornamentação das peças de vestuário.

“O mais importante, porém, é resgatar e repassar nossa cultura a todos os povos, indígenas ou não”, assinala Ticuna. Por sua vez, Ira Maraguá, modelo da etnia Baré, tem como foco no momento dos desfiles destacar a representatividade de sua etnia na Amazônia e ampliar o alcance da moda indígena para outros estados. A também modelo Kim Puremanã, do povo Satere-Ticuna, a exemplo das outras modelos e estilistas, igualmente lembra que a moda, associada ao trabalho profissional que exerce “aproveita para mostrar ao público consumidor a representatividade dos povos da floresta através do vestuário”.

 

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