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Feiras e Eventos

Fecomercio-SP avalia perspectivas para Copa 2014

Kelly Carvalho e Marcelo Calado

Kelly Carvalho e Marcelo Calado


Com o objetivo de avaliar a Copa das Confederações, seus resultados e perspectivas de impacto econômico, social e de imagem do Brasil para o exterior, o Conselho de Turismo e Negócios da Fecomercio-SP realizou na manhã desta terça-feira um debate com o tema “O que esperar para a Copa de 2014?”. Segundo Marcelo Calado, presidente do Conselho, a intenção foi obter um olhar mais crítico do evento e, a partir disso, verificar as reais oportunidades e desafios da Copa do Mundo 2014 para o Brasil; e em especial para a cidade de São Paulo. Para isso, a entidade fez um relatório do impacto da Copa em outros países que já sediaram o evento e com isso, projetou dados para o mundial no Brasil. “A Copa das Confederações foi um teste em relação a infraestrutura, organização, turismo, comércio e serviços para o que iremos realizar no próximo ano”, disse.

No estudo da Fecomercio-SP, a avaliação dos países sede de mundiais sempre são super estimados. Segundo Kelly Carvalho, assistente técnica do Conselho, a projeção de resultados sempre são maiores do que aqueles realizados. “A perspectiva de crescimento do PIB e dos postos de trabalhos na Alemanha, por exemplo, não atingiram as previsões. E isso porque estamos falando de um país desenvolvido onde grandes investimentos foram feitos em função da Copa de 2006”, comentou. O PIB da Alemanha teve um crescimento de apenas 1,7% e houve a criação de apenas 50 mil empregos temporários dos 150 mil estimados. “O aquecimento das atividades econômicas são em setores específicos e durante um determinado período”, completou.

Outro dado da pesquisa mostra que a atração de turistas estrangeiro também fica aquém das expectativas. Na Alemanha foram dois milhões, devido a proximidade dos países europeus; já na África do Sul (2010) foram apenas 250 mil turistas, dos mais de 500 mil estimados. “A expectativa é exagerada frente aos investimentos e à capacidade da economia nacional”, disse a técnica. Neste mesmo estudo, as projeções para o Brasil em 2014 são de crescimento de 0,7% no PIB e 0,5% na taxa de empregos. Em relação ao fluxo de turistas, são esperados 600 mil estrangeiros, mas pesquisadores conservadores apostam que o volume será metade. “Isso contando com a proximidade de potências esportivas como Uruguai e Argentina”, lembrou.

Para Calado, o resultado da Copa no Brasil depende do quanto o país está preparado para absorver os resultados e oportunidades de um evento dessa magnitude. “O Mtur divulgou uma pesquisa com os resultados da Copa das Confederações e nele a aprovação dos estrangeiros foi alta, mas isso levado em conta os estádios. Mas o que devemos avaliar é também fora do estádio. O que o evento gerou de benefício e resultados para a cadeia produtiva da cidade?”, questionou. Segundo ele, em conversas particulares com empresários das cidades sedes da Copa das Confederações, os resultados foram abaixo do esperado – em especial por ter sido um evento com a maior participação de turistas nacionais.

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