Uma pesquisa realizada com residentes na cidade do Rio de Janeiro em agosto do ano passado, tendo como tema os Jogos Olímpicos de 2016, apontou o turismo com um dos mais importantes legados do megaevento. Além disso, o estudo sinalizou um aumento no interesse por esporte pelos residentes. Outro fato interessante foi que a maioria dos respondentes demonstrou dúvida ao responder a seguinte questão: “Foi uma boa escolha para a cidade do Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos?”, mas apoiou no fim das contas.
O gráfico ao lado mostra que 54,5% acreditam que a realização das Olimpíadas no município é algo positivo. Apenas 45,5% dos respondentes pensam que a escolha do Rio de Janeiro para sede dos Jogos foi negativa.
Os impactos na rotina dos moradores causados pelas obras para os Jogos foram sentidos pela maioria dos entrevistados: 53% afirmam que sentem problemas por conta das intervenções diariamente. Quando avaliados impactos positivos e negativos, aparecem como mais citados: melhoria na infraestrutura urbana, aumento do turismo e visibilidade do destino. Entre os negativos está transtorno gerado por obras e caos no trânsito.
Para 87,6% dos respondentes, o megaevento vai proporcionar oportunidades de negócios, gerando lucros (83,9% de concordância) e estimulo à atividade comercial da cidade (92,6% de concordância). Mas, apesar de parcialmente equilibrado (50,7% concorda, 39,9% discorda), os residentes participantes na pesquisa creem que haja um prejuízo financeiro para a cidade, enquanto população, por conta dos altos gastos para a realização do megaevento.
Os respondentes percebem ainda que estão ocorrendo melhorias na cidade, apesar de serem somente em algumas regiões. Contudo, não acreditam que serão duradouras e se tornarão legados, e sim pontuais.
A maioria da população responde concorda ainda que haja melhorias na mobilidade urbana. Na infraestrutura aeroportuária, o mesmo acontece. O turismo é a área onde se percebe mais concordância com a afirmativa (75,7%). O esporte aparece em segundo lugar nesse quesito: 70,8% de concordância de que haverá melhorias duradouras.