SÃO PAULO – A 17ª edição do Esfe – Encontro do Setor de Feiras e Eventos, que acontece nesta terça-feira (12), em São Paulo, teve início com um painel que discutiu a aceleração da transformação no setor, as grandes tendências e dificuldades do mercado e a retomada das grandes feiras e eventos no Brasil.
A conversa abordou temas como a tecnologia propulsora da aceleração da transformação no setor, o papel do promotor de feiras, a falta de dados que comprovem a eficácia das feiras e eventos. Octavio Neto, fundador da Esfe deu as boas-vindas aos presentes e chamou ao palco os painelistas.
O painel foi composto por Paulo Octavio, managing director da Live Marketing; Fátima Facuri, presidente da Abeoc Brasil; Ana Luiza Diniz, diretora-geral do Centro de Convenções Rebouças; Paulo Ventura, diretor-superintendente do Expo Center Norte e presidente da Ubrafe; Abdala Jamil Presidente da Francal Feiras; e João Paulo Picolo, presidente da Nurenberg Messe Brasil.

Paulo Octavio, diretor da Live Marketing falou sobre as inovações tecnológicas e falta de mensuração de dados no setor (Eric Ribeiro/M&E).
“Não só o mercado de eventos mas toda a economia está passando por este ponto de deixar de ser linear para ter uma pegada exponencial. O papel do promotor de feiras é entender o que está acontecendo dentro dos estandes. Corredores cheios não é a mesma coisa que quantidade de negócios. Precisamos revelar mais os resultados para mensurar estes números e lembrar que a qualidade é mais importante que a quantidade”, afirmou Paulo Octavio, da Live Marketing.
Ana Luiza Diniz, diretora-geral do Centro de Convenções Rebouças, sustentou o discurso de Paulo e completou: “precisamos ter a coragem, ir atrás e procurar estes números para termos mais dados sobre o número de negócios gerados nos eventos. Isso traz mais credibilidade para o setor”, disse Ana.
Paulo Octavio também falou um pouco sobre a digitalização da economia, as inovações tecnologias e o que elas representaram para o segmento. Na sequência, o painel também abordou os legados e mudanças provocadas pela pandemia.
Para Paulo Ventura, o digital vem para complementar mas nunca para substituir as feiras. “Os grandes eventos e feiras vão ser sempre feiras presenciais. O hibrido é importante para a formação do conteúdo e para a disseminação do conhecimento, não temos como não entrar neste processo. Mas o presencial é fundamental”, afirmou o presidente da Ubrafe.
“Ninguém compra um produto que não conhece numa plataforma digital. A plataforma virtual é muito boa e funcionará muito, mas não para eventos de negócios”
A presidente da Abeoc, Fátima Facuri, também falou da experiência do virtual e do presencial. “Nós sempre tivemos a certeza que nosso setor voltaria mais forte, ele é importante. E ter estes eventos e feiras de forma presencial contribuem para este crescimento. O relacionamento, a oportunidade de negócios e os negócios em si fazem do presencial algo insubstituível, mas o mais importante que o presencial proporciona é a oportunidade de realmente conhecer o produto. Ninguém compra um produto que não conhece numa plataforma digital. A plataforma virtual é muito boa e funcionará muito, mas não para eventos de negócios. Nosso setor é muito maior do que estas ferramentas e o grande legado somos nós”, afirmou a presidente.
Para Ana Luiza Diniz, do Centro de Convenções Rebouças, a união na pandemia e os aprendizados que o desafio trouxe fortaleceram ainda mais o setor.
João Paulo Picolo, Presidente da Nurenberg Messe Brasil reforçou a fala de Ana Luiza e completou: “Nosso negócio é insubstituível, especial e desde o início da flexibilização da pandemia, sabíamos que ele iria voltar muito mais forte que em 2019 e hoje já vemos isso acontecendo”, afirmou João.