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Enrique Pepino, da FIT, com Mari Masgrau, Roy Taylor e Rosa Masgrau, do M&E
Apesar do otimismo em relação a mais uma edição da Feira Internacional de Turismo, em Buenos Aires, o diretor da FIT, Enrique Pepino, acredita que “as árvores não crescem até o céu”. De acordo com o executivo, mesmo com os 90 mil visitantes anuais (em média), fator que é determinante para um bom posicionamento no mercado, a FIT está chegando perto do seu teto de crescimento. Seja pela localização geográfica ou pela alta competição com o mercado internacional, a FIT registra uma leve preocupação quanto ao seu crescimento exponencial. Apesar da preocupação, a feira turística argentina constata, com o tempo, uma renovação do público. De acordo com Enrique Pepino, o interesse demonstrado, especialmente por jovens profissionais, em todos os aspectos relacionados com a formação, tem chamado a atenção. Confira a entrevista:
MERCADO & EVENTOS – A FIT 2013 tinha uma expectativa de receber cerca de 90 mil visitantes. Este número foi ultrapassado, com quase 92 mil presentes. Apesar disso, o número de profissionais foi menor em relação a 2012. Quais expectativas para 2014?
Enrique Pepino – Nossa expectativa é sempre positiva, mas também sabemos que “as árvores não crescem até o céu”. Isso significa que, após nossos 18 anos de crescimento, podemos constatar que estamos nos aproximando de um possível “teto” dentro dos parâmetros da FIT. Isso faz com que toda a variação do mercado, tanto no nível nacional como no internacional, tenha um impacto direto sobre os participantes da feira, algumas vezes mais, outras menos, sem que essa pequena modificação possa comprometer o sucesso da FIT, já que a “massa crítica” de visitantes está na ordem de 90 mil, fator determinante que nos posiciona muito bem no mercado.
M&E – Como a Argentina pode aproveitar o fato do Brasil, país vizinho, sediar a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016?
Enrique Pepino – Acredito que dois eventos mundiais dessa magnitude, tanto a “Copa do Mundo” como as “Olimpíadas”, que são realizados na região, trazem consigo algumas vantagens para os outros países vizinhos, especialmente a Argentina, que é um dos países que faz fronteira com o Brasil, pois é de conhecimento geral que ambos os eventos são motivadores e geradores de turismo e lazer. E geralmente, os turistas que acompanham esses megaeventos aproveitam a viagem para conhecer mais países e destinos.
M&E – É possível constatar uma melhoria na formação dos profissionais de turismo na América Latina ao longo dos anos?
Enrique Pepino – Em relação ao crescimento profissional dos participantes da FIT, posso dizer que a melhora é notável na formação profissional, bem como o interesse demonstrado especialmente por jovens profissionais em todos os aspectos relacionados com a formação, incorporação de avanços tecnológicos e as mudanças que eles trazem com eles para o negócio do turismo.
Natália Strucchi e Samantha Chuva, de Buenos Aires