A primeira sessão de debates do Conotel 2011 abordou o tema “Competitividade do Destino Brasil Frente à Realização dos mega Eventos”, onde o palestrante foi Ricardo Moesch, diretor do departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Mtur. A sessão ainda contou com os debatedores Alexandre Sampaio, do FBHA, Enrico Fermi, da ABIH, Ana Maria Biselli, do Fohb e Rubens Régis, da Resorts Brasil.
Moesch fez uma breve apresentação sobre a importância da classificação hoteleira para a competitividade dos meios de hospedagem e do legado que ficará para o país após sedirar os eventos . Ele ainda apresentou uma nova proposta do Mtur que pretende regulamentar um selo de qualidade. “A concorrência é enorme no mundo e o Brasil ainda não se destaca em nenhum segmento, pois, não está no mesmo nível de competitividadede outros países. Por isso, a importância de se trabalhar um selo de qualidade, que será uma referência para os nossos serviços oferecidos”, disse. Ele ainda comentou que esse selo será uma importante ferramenta de marketing para o meio de hospedagem, combater a competição desleal e se tornar uma referência técnica. Para o cliente, ele destacou a referência na qualidade.
O diretor contou que o processo de classificação hoteleira já está em andamento em cerca de 50 empreendimentos. “Esta classificação é dicotômica, onde consta ou não consta algum ítem. Já o selo vem para agregar a classificação. Estamos procurando modelos já existentes em outros países para usar como exemplo para a criação do nosso”, comentou. A classificação tem como o cadastur e o processo é voluntário. A validade da classificação é de três anos e são cerca de 195 requisitos para se cumprir, sendo 70% mandatório e 30% eletivo. O empreendimento poderá receber classificação de uma a cinco estrelas. E a cada ano, ela deverá ser reavaliada. O certificado será emitido pelo Mtur.
Durante a sessão, os debatedores falaram da falta de atenção que a hotelaria recebe por parte do governo. Em resposta Moesch aconselhou: “Faltam representações pra dar continuidade aos pleitos feitos pelo setor junto ao congresso. Falta força e união. Por isso, a necessidade do setor se organizar e se articular para cobrar do legislativo e do judiciário seus pleitos. Quando o setor se une, consegue resultados mais rápidos”, finalizou.
Leila Melo e Lisia Minelli